O caso Deoclído, matou o que restava do governo Dilma. Com a prisão do seu líder, Dilma fica com sua base mais enfraquecida do que já estava.
O congreesso entrará em recesso nos próximos 20 dias e nesse curto período, o Planalto precisa aprovar a nova meta fiscal de 2015, para que a presidente Dilma Rousseff não corra o risco de descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, realimentando as discussões sobre o impeachment.
O Planalto avalia que Delcídio cometeu erros inadmissíveis. “Uma lambança”, na definição de um dos interlocutores da presidente. Apesar de saber do risco de o senador fazer acordo de delação premiada, o governo não se moverá para defendê-lo, mesmo porque isso poderia ser interpretado como uma interferência na Operação Lava Jato.
Interlocutores da presidente observam, ainda, que a prisão de Delcídio não trouxe apenas problemas políticos e econômicos para o governo. O episódio, na opinião de ministros, também fechou as portas do Judiciário para o Planalto. Motivo: ao dizer que tinha influência sobre o Supremo, Delcídio deixou os ministros da Côrte em situação delicada.