Eduardo Cunha: o grande extrategista

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o maior  estrategista da política brasileira.

Ele   alterou na última hora um dos critérios de votação com os quais o governo conta para conseguir a quantidade necessária de votos para derrubar o impeachment de Dilma Rousseff. O peemedebista anunciou em reunião de líderes que faria a segunda chamada daqueles parlamentares que não aparecessem para votar quando convocados pela primeira vez apenas ao final quando esgotada a lista dos 513 deputados.

Neste domingo (17), dia da votação, Cunha decidiu que a segunda chamada será feita ao final da votação de cada Estado.

Ou seja, os parlamentares que porventura não responderem à primeira chamada, precisarão obrigatoriamente se posicionar, no mais tardar, após todos os integrantes do seu Estado votarem.

Por conta disso, os deputados não poderiam proposidadamente se ausentar, para no final checar o resultado e votar em quem estivesse com a vitória assegurada.

A medida veio como uma forma de prejudicar a estratégia das bancadas governistas, que contavam com uma decisão contra o impeachment de parlamentares que se ausentaram na primeira chamada por uma pressão dos resultados da votação.

Cunha também iniciou   as votações por regiões  favoráveis ao impeachment e isso teve efeito positivo ao elevar logo no inicio os votos favoráveis. Foi criado um  efeito psicológico entre os indecisos que temiam votar contra a maioria ou contra os vencedores.

Cunha foi xingado, provocado, ofendido e nada respondeu. Se manteve calmo e sereno. No inicio da sessão, os petistas tentaram tumultar. O objetivo era criar um clima de agressão, confusão, para que a sessão não tivesse prosseguimento.  Os vermelhos sabiam seriam derrotados. Inclusive, após iniciada a sessão, foi dado entrada no STF para suspender a sessão e este pedido foi recusado pelo ministro Marco Aurelio.  O ministro não quis sujar seu nome na história, após ter claramente defendido os interesses do PT na última sexta-feira, analisando 05 ações contra o impeachment.

 

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JORGE RORIZ