Arquivo Público da Bahia celebra 132 anos de fundação 

Organização mantém acessível a população documentos e registros históricos do país

 

Gerido pela Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa), o Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB) celebra 132 anos. São mais de sete quilômetros lineares ocupados por 40 milhões de documentos custodiados que preservam, resguardam a história e a memória da Bahia e do Brasil.

 

O APEB custodia documentos produzidos e acumulados quando a cidade de Salvador foi capital político-administrativa durante 214 anos (1549 a 1763). Além disto, o APEB resguarda documentos produzidos no período Colonial, Monárquico e Republicano, onde estão salvaguardados os registros da trajetória de combatividade e resistência do povo baiano, em insurgências e revoluções como a Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates – sec. 18), a Revolta dos Malês (1835), a Greve Negra de 1857 e o Quebra Bondes de 1930.

 

A atual sede do APEB já foi casa de repouso dos Jesuítas, depois tornou-se leprosário (1787) e asilo (1876) e é localizada na Ladeira de Quintas e denominada Solar Quinta do Tanque. Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), em 1949. Desde 2012 passou por um conjunto de intervenções nas instalações físicas e voltou a fornecer às condições de atendimento às milhares de demandas que recebe todo o ano.

 

O Arquivo Público oferece serviços gratuitos e atualmente agendados pelo site da FPC, em atendimento presencial e à distância, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). E através do sistema AtoM, que visa promover a difusão dos documentos e fornecer elementos de descrição, em vários níveis, que permite ao usuário acessar documentos digitalizados por meio virtual.

 

Para a diretora do APEB, Teresa Matos, o Arquivo baiano caracteriza-se como uma unidade arquivística singular “se distingue dos demais Arquivos Públicos Estaduais do Brasil, em razão de custodiar um acervo de manuscritos e impressos originais, produzidos, recebidos e acumulados quando a cidade de Salvador, foi a capital político-administrativa do Estado do Brasil”. O valor histórico e memorial do acervo custodiado se expressa, em parte, pelo reconhecimento do Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco de quatro conjuntos documentais inscritos e nominados em 2016, 2013, 2010 e 2008, reforça Teresa.

Fonte: Fundação Pedro Calmon

JORGE RORIZ