O cadáver de Celso Daniel se agita

“O CADÁVER DE CELSO DANIEL SE AGITA – Confissão de Bumlai deixa claro: não é partido, é organização criminosa”

Reinaldo Azevedo.

Que coisa, né? Em 2012, Marcos Valério — sim, ele mesmo! — afirmou, em depoimento ao Ministério Público, que, em 2004, o PT teria pagado R$ 6 milhões ao empresário Ronan Maria Pinto e outros, que ameaçavam ligar o assassinato do prefeito Celso Daniel, ocorrido em 2002, ao esquema de propina na Prefeitura de Santo André, que azeitava a máquina partidária.

Lula e Gilberto Carvalho estariam sendo chantageados pessoalmente por Ronan. Em vez de chamar a polícia, a dupla teria preferido pagar o preço. Em tempo: Ronan nega qualquer envolvimento com o caso. Lula e Carvalho também. Adiante. Segundo Valério disse então, ele foi procurado pelos petistas para dar aos achacadores o dinheiro que eles buscavam, mas se recusou: “Nisso aí, eu não me meto”, teria dito o operador do mensalão, em um encontro com Sílvio Pereira, então secretário-geral do PT, e Ronan.

A história escabrosa contada por Valério, condenado a 40 anos de prisão, ficou em suspenso. Muito bem! Em depoimento prestado à Polícia Federal nesta segunda, José Carlos Bumlai, o amigão de Lula, aquele que tinha livre acesso ao Palácio do Planalto, resolveu confessar ao menos parte do que sabe. Desmentindo versões anteriores, o empresário referenda parte da delação de um diretor do grupo Schahin e revela:

1: o empréstimo que ele, Bumlai, contraiu no banco Schahin era mesmo para o PT;
2: o valor total, conforme afirma o Ministério Público, era de R$ 12 milhões;
3: o dinheiro foi inteiramente revertido para o PT por intermédio do grupo Bertin;
4: R$ 6 milhões desse total teriam ido para o PT de Santo André, destinado a pagar chantagistas;
5: os outros R$ 6 milhões teriam ido para o PT de Campinas;
6: o empréstimo nunca foi pago;
7: Bumlai confirma que esteve com Delúbio Soares para tratar do empréstimo e que depois debateu o assunto com João Vaccari Neto.

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JORGE RORIZ