Gilmar Mendes: “não se combate crimes cometendo crimes”

O ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Gilmar Mendes, voltou a criticar  duramente  os representantes da Força-tarefa da Lava Jato nesta terça (23).

Mendes,  acredita que os investigadores  vazaram as informações para a revista “Veja” revelando que o ministro do STF Dias Toffoli foi acusado por Léo Pinheiro. Mendes não  acredita  que o vazamento tenha sido feito pela própria defesa.

 “Você não combate crime cometendo crime. Ninguém pode se achar o “o” do borogodó. Cada um vai ter seu tamanho no final da história. Um pouco mais de modéstia, calcem as sandálias da humildade”, criticou Mendes, referindo-se aos investigadores.

Sobre  o projeto das 10 medidas contra a corrupção e chamou de cretinos os autores da proposta:

“Quem faz uma proposta dessa não conhece nada de sistema, é um cretino absoluto. Cretino absoluto”, atacou Mendes, numa clara referência ao juiz federal Sergio Moro e ao coordenador da Lava Jato no Paraná, procurador Deltan Dallagnol. Os dois foram pessoalmente ao Congresso defender o pacote de projetos de lei que contou  mais de dois milhões de assinaturas de apoio popular.

 

“É aquela coisa de delírio. Veja as dez propostas que apresentaram. Uma delas diz que prova ilícita feita de boa fé deve ser validada. Quem faz uma proposta dessa não conhece nada de sistema, é um cretino absoluto. Cretino absoluto. Imagina que amanhã eu posso justificar a tortura porque eu fiz de boa fé”, disse o ministro, se comportando de forma mais cretina ainda ao sugerir que o projeto defendido pelos integrantes do Ministério Público Federal contemple este tipo de conduta. Informações do jornal O Estado de São Paulo.

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 23, que “é preciso colocar freios” na atuação dos procuradores da República.

Os limites referidos NÃO significam limites contra a aplicação da lei e combate ao crime. |Gilmar se refere ao suposto vazamento das afirmações de Léo Oliveira contra o ministro Toffoli, publicadas na revista Veja.

JORGE RORIZ