Reflexões para o povo brasileiro e senadores que julgarão o impeachment

Michel Siekierski ( postagem no Facebook)
 

Eduardo Cunha é Deputado Federal desde 2002, mas você nunca tinha ouvido um petista sequer falar mal dele até ano passado, quando ele resolveu sair da base aliada.

Michel Temer nem se fala: era tão aliado que foi o escolhido para integrar a chapa do partidão como vice. Quantos de seus amigos petistas criticavam Temer antes de 2014?

Renan Calheiros possui 7 inquéritos abertos contra si, (Eduardo Cunha tem 3), mas ainda é aliado, então, pro seu amigo petista, tá tudo certo…

Paulo Maluf, que dispensa apresentações, também compunha a base aliada e posicionava-se contra o impeachment até semana passada. Tirou foto ao lado de Lula e Haddad, apoiando a candidatura deste ultimo para a prefeitura de São Paulo e não me lembro de petistas deixando de apoiar Haddad depois disso.

Além dos citados acima, a tal da base aliada também contava com figurões como Sarney, Collor, Jader Barbalho e até Gilberto Kassab. Foram todos convertidos de demônios em santos, assim que fecharam com o partidão. Já no caso de Marta Suplicy e Delcídio do Amaral, foi o inverso.

Falam de democracia, mas apoiam (e financiam) ditaduras pelo mundo inteiro. Falam de respeito à Constituição, mas não a subscreveram em 88. Falam em coalizão, mas se opuseram a ela quando Itamar assumiu no lugar de Collor. Falam que impeachment é golpe, mas clamaram por ele sempre que perderam as eleições no passado. Enchem a boca pra falar que a presidente foi eleita democraticamente, como se os membros do Congresso também não tivessem sido… Eu poderia continuar por mais alguns parágrafos, porque incoerências não faltam, mas vocês já entenderam o ponto.

Fiquem atentos às construções de narrativas: todo esse mimimi não passa de DIS-CUR-SO. É cinismo de cabo à rabo. Não caiam nessa conversa mole. Não sejam trouxas.

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JORGE RORIZ