A bacia do rio Doce situa-se na região sudeste brasileira, compreendendo uma área de drenagem de 83.400 km², sendo que 86% pertencem ao estado de Minas Gerais e 14% ao Espírito Santo. A região abrange cerca de 222 municípios.[1]
As nascentes do rio Doce estão em Minas Gerais, nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço, sendo que suas águas percorrem 853 km até atingir o oceano Atlântico no povoado de Regência, no Espírito Santo.[1]
Os principais afluentes do rio Doce são os rios do Carmo, Piracicaba, Santo Antônio, Corrente Grande, Suaçuí Pequeno,Suaçuí Grande, São José e Pancas (margem esquerda); rio Casca, Matipó, Caratinga/Cuieté, Manhuaçu, Guandu e Santa Joana (margem direita). ( WILKPÉDIA)
“Já era. Não tem como salvar o que já está morto. Nem um mutirão de um milhão de pessoas conseguiria salvar alguma coisa neste momento. O que fizeram com esse rio, que está entre os 100 maiores do mundo, é um crime contra a humanidade. Ele agora é um rio morto que joga seus nutrientes e tudo o mais o que é carregado pelo rio e que não fica na margem, no mar”. A afirmação é do ecólogo especializado em educação ambiental André Ruschi.
O biólogo diz ainda que no Rio Doce não há 1 milímetro que não tenha sido arrasado. O desequilíbrio ecológico será o momento seguinte. “Sem peixes, sem invertebrados, sem sapos, rãs, pererecas, cobras ou pássaros, os insetos da região fora do rio não terão predadores e vão gerar pragas. Solo, água subterrânea, tudo receberá impacto e poderá ser contaminado, chegando aos seres humanos, contaminando produção agrícola, captação de água, etc”, afirma.
O mais grave é que a água de rejeitos vai atingir o Corredor Central da Mata Atlântica, uma área prioritária para a conservação de várias espécies e que engloba os estados da Bahia, Espírito Santo e uma pequena parte de Minas Gerais.
“O Corredor Central da Mata Atlântica é reconhecido como uma importante área de endemismo (vertebrados terrestre, borboletas florestais e plantas) e abriga muitas espécies de distribuição restrita, e alguns grupos de espécies ameaçadas”, descreve o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce realizado em 2010.
O Rio Santo Antonio ocupa 12% da Bacia do Rio Doce. Leia o estudo feito em 2005 na Universidade Federal de Minas Gerais, citando as espécies ameaçadas de extinção. O estudo foi feito pelo biólogo Fábio Vieira.
Clique no link abaixo.
T35_Fabio_Vieira
Outro trabalho sobre a bacia do rio doce:
ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS MINEIRAS BACIA DO RIO DOCE.
Clique no link abaixo:
06. FÁBIO VIEIRA_Peixes do rio Doce