Uma Operação da Polícia Federal, investiga um desvio R$ 200 milhões em dois lotes da obra tocados por OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa por meio dos doleiros Alberto Youssef e Adir Assad, já condenados na Lava Jato
Um consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa, responsável por dois dos 14 lotes da transposição do Rio São Francisco é alvo de operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta sexta-feira, 11, chamada Vidas Secas. O grupo, do qual quatro empreiteiras já são investigadas na Lava Jato, é suspeito e superfaturamento e de usar empresas de fachada dos doleiros Alberto Youssef e Adir Assad, já condenados por envolvimento no esquema da Petrobrás, para desviar cerca de R$ 200 milhões destinados à transposição, no trecho que vai do agreste do Estado de Pernambuco até a Paraíba.
Cerca de 150 policiais federais cumprem nesta manhã 32 mandados, sendo 24 de busca e apreensão, 4 de condução coercitiva e quatro de prisão nos Estados de Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e em Brasília.
“Dentre as empresas usadas pelas empreiteiras para desviar o dinheiro está a MO Consultoria, pertencente a Youssef e usada por ele também para desviar dinheiro e irrigar o caixa de partidos e políticos no esquema de corrupção na Petrobrás revelado na Lava Jato”
Obra. A obra de transposição do rio São Francisco foi reiniciada na gestão do ex-presidente Lula, para matar a sede de 12 milhões de ribeirinhos ( segundo Lula) A meta seria a a construção de quatro túneis, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e 27 reservatórios e a recuperação de 23 açudes. O projeto inicialmente orçado em R$ 4,2 bilhões, ( e não 8 bi como está sendo divulgado) com base na planilha orçamentária vigente e já gastou R$ 12 bi
Segundo o projeto, pretende beneficiar 12 milhões de habitantes, em 390 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde a estiagem ocorre frequentemente.
Em outubro deste ano, conforme o ministério, 81% da execução física da obra estava concluída, sendo o Eixo Norte com 82,2% e o Eixo Leste com 79,2%.
O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades que somam R$ 734 milhões nas obras da transposição. Contratos que não foram honrado, pagamento duplicado e obras pagas que não foram executadas.
Jorge Roriz ( com informações do jornal O Estado de São Paulo)