Na 24ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público investigam irregularidades no repasse de dinheiro do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações LTDA aos filhos do ex-presidente. Os recursos foram enviados aos herdeiros do petista a partir de 2011.
Segundo as imvestigações, a G4 Entretenimento e Tecnologia Digital LTDA, que tem como sócios Fábio Luis Lula da Silva e os empresários Fernando Bittar e Kalil Bittar, recebeu 1.349.446,54 reais entre 2012 e 2014. A Flex BR Tecnologia Ltda, que tem o mesmo endereço da G4, e cujos sócios são Marcos Cláudio Lula da Silva, Sandro Luís Lula da Silva, ambos filhos do ex-presidente, e Marlene Araújo Lula da Silva, nora do político, embolsou 72.621,20 reais da LILS. Em outro repasse, diz o Ministério Público, Luis Claudio Lula da Silva, filho de Lula investigado também na Operação Zelotes, foi beneficiado com 227.138,85 reais.
“Duas empresas ligadas a familiares de Lula receberam valores do Instituto Lula. Como o Instituto Lula recebe valores das cinco maiores empreiteiras, estamos verificando se isso não é apenas uma triangulação para benefício final da família do senhor Luiz Inácio”, explicou o procurador Carlos Fernando Lima. “Como não vemos nenhuma motivação econômica para que o Instituto Lula contrate empresas de familiares do ex-presidente, estamos verificando se esses serviços foram efetivamente prestados ou não”, completou Lima.
São alvo de investigação pagamentos de empreiteiras para o ex-presidente Lula por meio do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras e Eventos Ltda e, por extensão, repasses de parte desses valores a familiares do petista. “Muitos desses valores beneficiaram familiares do ex-presidente. Os fatos estão vinculadas a pessoas ligadas ao ex-presidente. Em decorrência desse fato e não das pessoas, as investigações prosseguem”, disse o procurador. ( VEJA)