A formação de um ministério Politicamente correto

Fábio F. Jaques

Assisti a todo o programa Canal Livre da Band do dia 19/11/2017 onde foi entrevistado o deputado Jair Bolsonaro.

Não quero entrar em avaliação do possível candidato à presidência da república e nem de qualquer outro. Minha análise fica restrita a algumas perguntas dirigidas ao entrevistado que me causaram grande preocupação.

Quando adentraram ao tema “ministério”, os entrevistadores perguntaram, reperguntaram e insistiram sobre como o Bolsonaro ia tratar as minorias como “mulheres”, minoria majoritária, afrodescendentes e gays. Quem destes grupos ele escolheria para fazer parte de seu ministério?

Não analiso igualmente a resposta do Bolsonaro. Minha preocupação reside especificamente nas perguntas.

A Band é uma emissora de grande influência na opinião pública uma vez que está entre as primeiras em índice de audiência. O que, de acordo com o questionamento do candidato, é necessário para ser ministro de um país que se encontra jogado no fundo do poço e que continua escavando para aumentar sua profundidade? Pertencer a algum grupo considerado minoria. É a ditadura do politicamente correto.

Não vi uma única pergunta sobre a capacidade técnica e gerencial necessária, sobre conhecimento relativo aos assuntos pertinentes à pasta e nem mesmo sobre como seria seu relacionamento hierárquico com seus ministros. Queriam saber se o ministério teria mulher, afrodescendente ou LGBT.

O pensamento da mídia está completamente tomado pelo politicamente correto. Numa sociedade de desiguais (desigualdade promovida com toda a intensidade pelos governos de esquerda), por que os ministérios teriam que contemplar estas minorias? E as outras minorias? Será que um presidente que terá em suas mãos grande parte da responsabilidade pelos destinos da nação deve criar cotas para seu ministério?

Acho que este modo de pensar é de uma falta de noção abismal. Joaquim Barbosa era um ministro capaz ou era um ministro afrodescendente? Para mim era muito capaz, independentemente da cor de sua pele. Quantos outros afrodescendentes tem capacidade para comandar um ministério? Com toda a certeza, muitos. Mas seria racional escolhê-lo somente por causa da cor da pele? O que um ministro afrodescendente, mulher ou homossexual capacitado para a função faria de diferente de um ministro sansei ou de um “branco” heterossexual?

O país precisa de soluções para seus problemas e não de ministério politicamente correto.

Havendo igualdade de capacidade e de retidão, por que não escolher um indígena? Nada contra.

O que não pode é continuar com a distribuição de cargos e ministérios em função do politicamente correto e muito menos em contrapartida do apoio político. Temer foi fortemente criticado por ter montado um ministério sem mulheres. Resolveu o problema demitindo Fábio Medina e colocando em seu lugar a Grace Mendonça. Pode até ser que a Grace Mendonça seja tecnicamente superior ao Fábio Medina, mas a mudança foi feita apenas para satisfazer a sanha politicamente correta.

O país precisa que ministro da fazenda resolva a calamidade financeira em que o país está mergulhado e não que seja mulher. Que o ministro da saúde resolva os problemas catastróficos da saúde pública e não que seja LGBT. Que o ministro da justiça promova novamente a segurança da população e não que seja afrodescendente. Que o ministro da infraestrutura resolva os problemas de nossas vielas e as transforme em autoestradas, que amplie a malha viária e implante uma rede ferroviária que destrave nossa logística e reduza o custo Brasil, e não que seja descendente de indígenas.

Vamos começar a ter vergonha na cara e deixar de lado o viés ideológico. O país precisa de soluções e não de decisões politicamente corretas.

Vídeos com as duas mais recentes entrevistas de Bolsonaro :

CLIQUE AQUI E ASSISTA

 

Para saber escolher seu candidato o eleitor precisa conhece-lo. Assista o vídeo acima com a entrevista completa do candidato à presidência Jair Bolsonaro no Programa Canal Livre da TV Bandeirantes. O programa foi exibido em 19/11/2017 e também a entrevista de Bolsonaro ao jornalista da revista Veja, Augusto Nunes.

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JORGE RORIZ