O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a manutenção da prisão preventiva do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
“A gravidade concreta dos delitos cometidos por José Carlos Costa Marques Bumlai mesmo após o início das apurações envolvendo todos os investigados no âmbito da Operação Lava Jato é extreme de dúvidas (…)Todos estes fatores apontam que a liberdade do paciente representa ainda sério e concreto risco para a ordem pública, e a custódia cautelar é fundamental para impedir a continuidade delitiva”, escreveu o procurador-geral, em parecer encaminhado ao STF ontem, 26.
O Ministério Público do Estado apontava Sombra como mandante da morte do ex-prefeito. No entanto, ele nunca admitiu envolvimento com o caso.
Em novembro de 2015, ele foi condenado a 15 anos, seis meses e 19 dias de reclusão, em regime fechado, acusado de estar à frente de um esquema de cobrança de propinas de empresas de transporte contratadas pela Prefeitura na gestão de Daniel.
Sombra nunca foi levado a júri popular pela morte do ex-prefeito. O Supremo Tribunal Federal anulou a ação contra ele porque o juiz do caso, em Itapecerica da Serra (SP), impediu que as defesas dos outros acusados fizessem perguntas na fase dos interrogatórios.
Sobre a situação de saúde de Bumlai, Janot destacou que após o fim de tratamento de médico não há necessidade de prisão domiciliar. O caso será analisado pelo ministro Teori Zavaski. (AE)