Artistas baianos lamentam a morte do Mestre Moa

Romualdo Rosário da Costa, nascido em Salvador em  29 de outubro de 1954 ,conhecido como Mestre Moa do Katendê,  não era apenas um simples mestre de capoeira. Foi um compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira de Angola da Bahia. Ele foi assassinado dia 07 de outubro de forma covarde com 12 facadas pelas costas.

O assassino confesso do Mestre Moa, saiu do bar, foi em casa, pegou uma faca, voltou para o bar e matou o capoerista covardemente pelas costas com 12 facadas.

Inicialmente em depoimento à imprensa, o assassino negou que o  motivo do crime foi político, Porém após ser confrontado com depoimentos de testemunhas (dono do bar) parentes da vítima, presente no local do crime inclusive um sobrinho que também foi ferido à faca e sobreviveu, o assassino não pôde negar que a causa do crime foi pelo fato da vítima ter afirmado que votava no PT. O filho de Bolsonaro usa o depoimento inicial do assassino mentiroso para difamar a imprensa e dizer que a motivação do crime não foi política.

“Mestre Moa do Catendê foi morto ontem, em Salvador, por um homem tomado de fúria assassina em meio a uma discussão sobre as eleições que acabavam de acontecer.

Com ele um sobrinho seu que se encontra num hospital em estado grave. Ele, homem de dedicada atuação entre as comunidades da cultura popular da cidade, foi o idealizador do bloco Afoxé Badauê que encantou os carnavais de rua da Bahia, alguns anos atrás. Torna-se uma das primeiras vítimas fatais dessa devastadora onda de ódio e intolerância que nos assalta nesses dias de hoje.

Nosso luto e nossa esperança de que a sua imolação não tenho sido em vão e que nos ajude a encontrar a pacificação logo ali adiante!” #GilbertoGil

“Moa era meu amigo e foi uma das figuras centrais na história do crescimento dos blocos afro de Salvador. Estou de luto por ele. Fundador do Badauê, compositor, mestre de capoeira, Moa vive na história real da cidade e deste país”, escreveu Caetano.

JORGE RORIZ