Segundo a publicação, o atual ministro pediu aos acusadores a inclusão de provas nos processos, interferiu no ritmo dos trabalhos dos procuradores e desaconselhou sobre possível acordo de delação premiada com o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ).
A reportagem diz, ainda, que Moro teria tido acesso à versão prévia de manifestação do Ministério Público Federal sobre um processo e feito sugestões sobre a dinâmica de operações a serem deflagradas pelos investigadores.
No que diz respeito à cobrança para que o MPF se manifestasse sobre pedido de prisão preventiva do pecuarista José Carlos Bumlai, o ministro alegou que havia proximidade do recesso judiciário. Diz ele que o pedido teria sido feito para que o caso fosse analisado antes disso, o que seria favorável ao réu.
“O que tem de ilícito em uma mensagem dessa espécie? Eu coloquei essa pessoa em prisão domiciliar alguns meses depois, contra o pedido do Ministério Público. E a quebra de imparcialidade ou conluio ou algo parecido?”, questionou.
Outro ponto rebatido pelo ministro diz respeito a um pedido de inclusão de prova à denúncia contra Zwi Skornicki, representante de um estaleiro que pagou propinas a ex-funcionários da Petrobras. “Sobre aquele fato, houve absolvição. Eu vou pedir para incluir um fato e depois eu vou absolver? Então não é questão de parcialidade, é questão de esquizofrenia”, alegou.
ABSOLVEU PORQUE NÃO EXISTIA PROVAS.