Bilhete liga o doleiro a Dilma e ficou escondido da Lava Jato

Sérgio Pardellas/ IstoÉ

Bilhete  manuscrito por  Alberto Youssef, tem  o nome da presidente Dilma aparecendo  próximo a valores,supostamente recebidos.

O documento foi entregue pela contadora do doleiro à PF em abril de 2014, às vésperas da campanha eleitoral e estranhamente se mantinha em segredo. Passou a ser conhecido  agora, através do novo livro de Romeu Tuma Júnior.

Os relatos se revelaram cruciais para a deflagração de operações que vieram a seguir. Estranhamente, o bilhete em que o doleiro menciona a presidente teve outro destino. Nunca foi incorporado às provas da Lava Jato. Além de não aparecer no e-Proc, sistema de consulta dos processos da força-tarefa, ISTOÉ apurou que o documento nunca foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) – caminho obrigatório e formal de qualquer indício ou prova envolvendo um presidente da República. “Esse manuscrito nunca apareceu por aqui”, assegurou na semana passada à reportagem de ISTOÉ um alto integrante da PGR que se debruçou sobre o material relativo ao doleiro Alberto Youssef.
Para Romeu Tuma Jr, o episódio é um claro indicativo de que possa ter havido pressão do Planalto para abafar o caso. “É uma indicação forte de que houve uma tentativa de proteger Dilma”, afirmou Tuma Jr. à ISTOÉ. Hoje, no momento de maior fragilidade da presidente, desde a posse, em que as discussões sobre o impeachment ganham força e vigor, tanto a revelação do bilhete, escrito pelo doleiro, como as suspeitas de mais uma interferência do Planalto na Lava Jato contribuem para tornar a situação da petista ainda mais delicada.
O bilhete foi descoberto em plena Campanha eleitoral. Na época, o doleiro foi estranhamente internado em um hospital.
Delcídio do Amaral (PT-MS) citou as  tentativa de ingerência de Dilma nas investigações da Lava Jato, ao nomear o ministro Marcelo Navarro, ao STJ, em troca do compromisso de soltura de empreiteiros envolvidos no Petrolão. Esta é  mais uma prova de que DILMA interfere na Lava Jato

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JORGE RORIZ