Os líderes que faltaram a COP26 não puderam falar diretamente para os outros chefes de governo e Estado. Jair Bolsonaro não quisir.
A ativista brasileira, Txai Surai, vestiu o cocar de guerreira e foi o destaque do Brasil. Ela contou a emoção de representar todos os guardiões das florestas.
A indígena brasileira aprendeu com o pai, a ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores, e Txai Suruí confirma que já não há mais tempo. Ela lembrou do amigo foi assassinado tentando proteger a floresta. Esse foi o recado da única voz do Brasil no palco principal.
“A primeira pessoa em que eu pensei foi a minha mãe. Eu acho que ela ficou muito orgulhosa de mim. Então, acho que o meu povo, amigos meus, parentes, primos já me mandaram mensagem falando que estão muito orgulhosos de mim e que estão muito orgulhosos de eu estar levando a luta do nosso povo para o mundo”, afirmou Txai Suruí.
“Tenho apenas 24 anos, mas meu povo vive na Floresta Amazônica há pelo menos seis mil anos. Meu pai, o grande chefe Almir Suruí, me contou que devemos ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores. Hoje, o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo e as nossas plantações não florescem como no passado. A Terra está falando: ela nos diz que não temos mais tempo — disse ela no discurso, que durou três minutos, como todos os de hoje. — Precisamos de outro caminho, com coragem e mudanças globais. Não em 2030, 2050, mas agora.”
Imagens do Jornal Nacional