Bolsonaro diz que vai implodir o Imetro

“Decidi implodir o Inmetro”, diz Bolsonaro. A linguagem é típica de um ditador. Ele não pode implodir o órgão público. Se existe algo irregular que ele mostre e corrija. Mas apenas por um capricho de vontade ele muda dirigentes de órgãos que ele não gosta. Fez isso com ibama, FUNAI, INPE e OUTROS ÓRGÃOS.

Bolsonaro anuncia demissão da diretoria do Inmetro, para defender a classe dos taxistas. “Não estou acusando ninguém de fazer nada errado. Mas ficamos com… Foram demitidos mais pelo excesso de zelo. Aí complicou para eu engolir essa iniciativa deles”, declarou.

 

Após determinação de troca de tacógrafos (instrumento que registra dados dos veículos). A autarquia é responsável por fiscalizar as normas técnicas e executar políticas nacionais de metrologia. A NORMA CRIADO PELO IMETRO FOI FEITA EM SETEMBRO DE 2019

“Mandei todo mundo embora. Por quê? Há poucos meses assinaram portaria para trocar tacógrafos. Em vez de ser o normal que está aí, inventaram um digital. Ele é aferido de dois em dois anos. Passaram para um. Mandei acabar com isso aí”, afirmou o presidente.

 

Questionado sobre quantos foram demitidos, Bolsonaro disse que a presidente e “uma meia dúzia da diretoria” foi dispensada pelo “excesso de zelo”. Nesta semana, o governo federal exonerou Angela Flores Furtado da presidência do instituto e nomeou para o lugar dela o coronel Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior. Angela, que é administradora, estava à frente do órgão desde o início do governo Bolsonaro.

 

Segundo Bolsonaro, a portaria do Inmetro iria prejudicar taxistas. “Começou no Rio, não sei se veio para São Paulo, trocar os taxímetros. Mas por quê? Quatrocentos cada um. Os tacógrafos, 1.900. Multiplique por milhões de veículos que mexem com tacógrafos. Táxi só no Rio são 40 mil”, disse.

JORGE RORIZ