Bolsonaro e as milícias – ligações suspeitas

“Eu não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar aí. Ver e tal… É só porrada. O MP tá com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente. Não vi ninguém agir”.?? Áudio captado de Queiroz em julho”

Queiroz pede ajuda………

 

Com cargo em comissão de Assessor Parlamentar III,do então deputado,Flávio Bolsonaro, ele pediu desligamento da função.

Naquele 16 de outubro de 2018, Queiroz informara que estava se transferindo para a reserva remunerada da Polícia Militar, como subtenente. Trocaria o salário de R$ 23 mil pelo benefício militar de pouco mais de R$ 8 mil…. –

Desde maio de 2018, Queiroz estava sendo investigado por movimentação de dinheiro incompatível com a renda legalmente obtida….
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, revelara movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. Em aprofundamento da análise, o Coaf chegaria à conclusão que Queiroz movimentou R$ 7 milhões em três anos. A investigação em andamento tenta comprovar a suspeita da chamada “rachadinha” — a apropriação de parte do salário dos funcionários pela dupla Queiroz/Bolsonaro….

 

O Ministério Público foi até o endereço do ex-policial militar Fabrício Queiroz e de parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa de Bolsonaro – e mãe de Flávio, Carlos e Eduardo. Queiroz é suspeito de comandar esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Pelo gabinete, também passaram parentes de milicianos.

Para o cientista político Vitor Marchetti, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), o relacionamento da família do presidente Jair Bolsonaro com a milicia no Rio de Janeiro ainda não produziu a devida reação popular. As investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ainda era deputado estadual no Rio de Janeiro pode revelar o envolvimento da família presidencial com crimes cometidos por milicianos.

“A questão a saber é a seguinte: dessa relação com os milicianos, quais crimes podem ser imputados ou tiveram a participação e envolvimento da família Bolsonaro? A sua relação com as milícias não resta dúvida. E aparentemente essa relação não produziu o estarrecimento que a gente imaginava que deveria produzir”, afirmou o analista às jornalistas Marilu Cabañas e Nahama Nunes, para o Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (18).

“Há indícios de que o gabinete do então deputado servia de espaço para essas pessoas que têm protagonismo nas milícias do Rio de Janeiro. Isso não é especulação. Não precisa muita investigação para mostrar que a ligação é umbilical dos Bolsonaro com as milícias do Rio. Tem várias histórias de medalhas que foram concedidas a milicianos, fotos tiradas em momentos íntimos com milicianos”, destacou Marchetti.

JORGE RORIZ