Bolsonaro é o falso Messias enganador – o Anticristo e aliado do Coronavírus

Fernando Alcoforado*

OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE PRESENTES NO BRASIL: A PESTE, A MORTE, A GUERRA E A FOME

O Brasil se defronta no momento atual com os quatro cavaleiros de seu apocalipse. Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse são personagens descritos na terceira visão profética do apóstolo João no livro bíblico da Revelação ou Apocalipse que são Peste, Morte, Guerra e Fome. Nesta visão do apóstolo João, o cavalo branco e seu cavaleiro representam a Peste representada pelo novo Coronavirus e seu aliado, Jair Bolsonaro, o Anticristo, o falso Cristo, a falsa religião, que se apresenta como se fosse o Messias prometido e engana a nação com seus atos insanos.  

O cavalo amarelo simboliza a Morte crescente da população brasileira pela peste devido à falta de combate do governo Bolsonaro ao novo Coronavirus e a morte pela fome das populações pobres do Brasil pela falta de apoio financeiro do governo Bolsonaro. O cavalo vermelho é símbolo da Guerra e do derramamento de sangue representando os flagelos que poderão ocorrer no Brasil se a guerra civil acontecer no País incentivada e desejada pelo atual governo. O cavalo preto simboliza a Fome resultante do colapso da economia brasileira produto da incompetência e da inação do governo Bolsonaro na recuperação econômica do País que gera o maior desemprego da história do Brasil e a morte pela fome das populações pobres do Brasil pela falta de apoio financeiro do governo Bolsonaro às populações vulneráveis.

A pandemia do Coronavirus e o governo Bolsonaro podem ser considerados um dos cavaleiros do Apocalipse do apóstolo João, a Peste.  O novo Coronavirus e seu aliado, o governo Bolsonaro, podem ser considerados, portanto, a Peste. O governo Bolsonaro é aliado do novo Coronavirus porque suas atitudes colaboram no avanço da Peste ao ter se posicionado contrário às vacinas e se posicionar contrariamente ao uso de máscaras e às medidas restritivas à aglomeração de pessoas adotadas por governadores e prefeitos sob o pretexto de que é preciso salvar, também, a economia brasileira da debacle.   Mesmo diante do colapso atual do sistema de saúde do Brasil com a escalada vertiginosa do novo Coronavirus, Bolsonaro continua aliado do vírus ao não assumir a responsabilidade de comandar a luta contra a pandemia.

A condição indispensável para o Brasil vencer a guerra é estar unida contra o inimigo comum, o novo Coronavirus. No Brasil, esta condição não é respeitada porque o Presidente da República, Jair Bolsonaro, não assume esta responsabilidade afirmando que as empresas devem continuar operando e as pessoas devem voltar ao trabalho para manterem seus empregos. No Brasil, muitas empresas continuam operando e os trabalhadores se deslocam para o trabalho porque o governo Bolsonaro não oferece para eles as condições financeiras necessárias para as empresas paralisarem suas atividades e os trabalhadores a permanecerem em casa e não se aglomerarem nos meios de transporte.   O resultado da ação do governo Bolsonaro é o horror da catástrofe do assassinato coletivo do povo brasileiro pelo novo Coronavirus por um dos cavaleiros do Apocalipse, a Morte e, também, por outro cavaleiro do Apocalipse, a Fome.

A catástrofe econômica do Brasil e a fome, que se multiplica pelo País, podem ser associadas a um dos cavaleiros do Apocalipse do apóstolo João, a Morte.  O Brasil é um país que tinha seu sistema econômico em estágio terminal antes da disseminação do novo Coronavirus e que se agravou com o governo Bolsonaro. A catástrofe econômica vivida pelo Brasil está refletida no pífio crescimento do PIB desde 2014 que se agravou em 2019 e 2020 quando apresentaram crescimentos negativos.

A queda no crescimento do PIB em 2019 e 2020 resultou da queda do consumo pela população provocada pelo gigantesco desemprego em massa agravado pelo novo Coronavirus, pela queda do investimento privado em consequência da estagnação econômica do País e pela queda do investimento público devido à crise fiscal existente e ao estabelecimento do teto de gasto no orçamento, bem como ao esforço do governo de reduzir a participação do Estado na economia com suas políticas neoliberais.

O resultado da ação do governo Bolsonaro é o horror da catástrofe econômica caracterizada pela bancarrota da economia brasileira com a falência generalizada de empresas e pelo desemprego em massa sem precedentes na história do Brasil com cerca de 28 milhões de brasileiros desempregados e desalentados. A fome é uma das consequências da inação do governo na recuperação da economia e da falta de apoio financeiro à maioria da população pobre que está enfrentando uma vida de penúria extrema.

A catástrofe política do Brasil pode ser associada a um dos cavaleiros do Apocalipse do apóstolo João, a Guerra.  A guerra civil poderá acontecer no Brasil como resultado das ações de Jair Bolsonaro com sua tentativa de armar a população e envolver as polícias civil e militar em seu propósito de implantar uma ditadura no Brasil que pode levar ao derramamento de sangue da população brasileira e a destruição das instituições democráticas do país. A catástrofe política está sendo processada por Bolsonaro com suas várias tentativas de implantação de uma ditadura fascista no Brasil como aquelas de envolver as Forças Armadas em um golpe de estado. O próprio governo Bolsonaro tem acirrado o conflito entre a Presidência da República e os demais poderes da República e o confronto com seus oponentes para justificar a implantação de uma ditadura no Brasil para governar sem os obstáculos impostos atualmente pela Constituição de 1988.

A catástrofe social do Brasil pode ser associada a um dos cavaleiros do Apocalipse do apóstolo João, a Fome.  Em um ano de pandemia do novo Coronavírus, mais de 300 mil pessoas morreram por conta da doença no Brasil, milhões foram infectados e outros milhões perderam seus empregos e renda. A fome é uma realidade para milhares de pessoas no Brasil e com a crise causada pela pandemia do novo Coronavírus esse problema está significativamente aumentando. A fome e a miséria batem à porta das casas dessas famílias. A fome provém da falta de alimentos que atinge um número elevado de pessoas no Brasil. Esse processo é resultado da desigualdade de renda. A falta de dinheiro faz com que cerca de 32 milhões de pessoas passem fome e mais 65 milhões de pessoas se alimentem de forma precária. Diante desta catástrofe social, o governo Bolsonaro nada faz para atenuá-la.

Enquanto Jair Bolsonaro continuar no poder não existe a possibilidade de afastar o cenário de Apocalipse no Brasil. Não existe a possibilidade de o governo Bolsonaro superar o horror representado pela expansão do novo Coronavirus, evitar a escalada da morte da população brasileira pelo novo Coronavirus, evitar a constante ameaça de implantação de uma ditadura que pode levar à guerra civil no Brasil e evitar escalada vertiginosa da fome no País. O Brasil está, portanto, diante da maior catástrofe humanitária de sua história com os quatro cavaleiros do Apocalipse que estão a exigir do povo brasileiro a luta em defesa da vida contra o novo Coronavirus, da democracia contra as ameaças ditatoriais do governo Bolsonaro e da paz social no Brasil contra a guerra civil e contra a fome e a miséria da população. O Brasil vive momentos decisivos de sua história. Está nas mãos do povo brasileiro colocar um fim no Apocalipse que está em curso.

Vamos à luta cidadãos brasileiros, vamos batalhar juntos para mudar esta triste realidade em que vivemos porque só assim faremos tremer os tiranos com seus projetos ditatoriais e genocidas.

* Fernando Alcoforado, 81, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do RioPardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do RioPardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017),  Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).

JORGE RORIZ