Brasil poderá ter mais de 100 mil casos de microcefalia em 2016

vídeo: 19/11/2015

 

O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) chamou atenção há pouco para a gravidade dos efeitos do Zika vírus em gestantes, podendo causar a microcefalia – doença que se caracteriza pelo desenvolvimento insuficiente do crânio e do cérebro de bebês.

“Estamos tratando da mais terrível epidemia que vai assolar esse País por muitos anos. Causa danos cerebrais irreversíveis. Crianças vão precisar do apoio da família e do setor público por toda da vida. Crianças não vão falar nem andar”, alertou Terra, que é médico por formação e participa de comissão geral sobre a microcefalia no Plenário da Câmara dos Deputados.

Se continuar a progressão atual da doença, em janeiro teremos mais de 8 mil crianças com microcefalia em 4 meses. No ano que vem, mais de 100 mil crianças vão nascer com microcefalia no Brasil”, lamentou o deputado.

Combate ao mosquito
Para Terra, o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti é decisivo enquanto não existe vacina para as doenças transmitidas por ele. “A vacina é decisiva e estamos há 5 anos pra fazer a vacina da dengue. Não pode ser uma coisa de competência. Isso é incompetência”, criticou.

“Isso não é um assunto simples. É um assunto para gabinete de crise 24 horas. Ou acabamos com o mosquito ou vamos ter uma geração inteira de crianças sem conseguir sair de casa. Tem que ter um orçamento só para microcefalia”, defendeu Terra.

O deputado Odorico Monteiro (PT-CE) também comentou que a prioridade deve ser entender a complexidade que é o enfrentamento do Aedes Aegypti. “É um mosquito que necessita do sangue para sua reprodução. E, se ele colocar um ovo contaminado, já vai nascer um mosquito contaminado”, alertou Monteiro.

O deputado reconheceu as ações do Ministério da Saúde, mas defendeu uma atuação interfederativa de União, estados e municípios e de toda a sociedade. “Porque quem vai resolver o problema da água parada – que permite a reprodução do mosquito – são as próprias famílias”, lembrou Odorico Monteiro.

Tratamentos futuros
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) disse que é importante aproveitar o momento para rever a politicas relacionadas aos serviços de reabilitação, de cuidados e de órteses e próteses no Brasil. “No caso da microcefalia não é apenas um dano físico, temos um dano cerebral irreversível e elas vão precisar de toda uma gama de cuidados. Essas crianças vão precisar de cuidados. Precisamos melhorar os serviços de reabilitação, de cuidados e de órteses e próteses no Brasil”, disse.

A deputada Carmem Zanotto (PPS-SC) também destacou a necessidade de investimentos pesados para oferecer cuidados e estímulos precoces a crianças com microcefalia. “Vamos precisar de centros de acolhimento e tratamento especializados para crianças com microcefalia”, alertou.

Zanotto também comentou o contingenciamento de R$ 13,4 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde. “Quero fazer um apelo à equipe econômica. Hospitais filantrópicos precisam receber e estados e municípios precisam receber. Pelo amor de Deus, liberem pelo menos R$ 6 bilhões, porque estamos diante de uma emergência sanitária”, disse a deputada (Fonte: Site da Câmara Federal)

A Comissão Geral acontece no Plenário Ulysses Guimarães.

Vídeo 27/11/2016.

 

O vírus que agora é considerado o suspeito número um do surto de microcefalia registrado no Brasil traz no nome uma referência à área onde foi descoberto, em 1947: a floresta de Zika, na África.
“Os casos aumentam a chance da suspeita inicial de que a infecção por Zika possa ser responsável pela microcefalia, mas não podemos descartar outras causas”, afirmou Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, em entrevista coletiva sobre o caso realizada nessa terça-feira (17) em Brasília.
A associação de casos de microcefalia e Zica vírus, NUNCA foi feita em outras locais no mundo onde o vírus circula, como na África e na Ásia.
ESTRANHO??? PARABÉNS AOS MÉDICOS BRASILEIROS PELA DESCOBERTA.
MAS POR QUE NA ÁFRICA ( QUEM TEM O ZICA) NÃO EXISTEM TANTOS CASOS DE MICROCEFALIA?

A suposta relação entre o zika e a microcefalia nunca foi descrita no mundo, apesar da presença da doença em vários países.

“Houve epidemias de zika na Austrália e na Índia, mas de forma muito localizada e, geralmente, próxima a florestas. A primeira vez que aconteceu uma manifestação do zika em centros urbanos muito populosos foi no Brasil. Quando a população afetada é maior, aumenta a probabilidade de se observar certas anomalias”, afirma Rodrigo Stabeli, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocru.

One Comment
  1. Era exatamente o tipo de informaçao que estava buscando e
    que foi explicado de forma clara para que todos possam
    compreender sobre o assunto. Obrigado

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JORGE RORIZ