Deputados bolsonaristas usavam dinheiro público para os vídeos fakes

“Funciona assim. Os deputados usam dinheiro público para produzir o material que postam no YouTube. Eles escolhem a modalidade de vídeo monetizado. Assim ganham dinheiro com as visualizações. Gasto zero para o parlamentar youtuber. 100% de lucro.” Andreza Matia

Reportagem do Estadão mostra que deputados governistas e da oposição usam dinheiro da cota parlamentar para gerir canais monetizados no Youtube. O jornal identificou ao menos sete parlamentares que estão ganhando dinheiro dessa forma: Carla Zambelli (PSL) , Joice Hasselmann (PSL), Gleisi Hoffmann (PT), Bia Kicis (PSL), Otoni de Paula (PSC), Paulo Pimenta (PT) e Flordelis (PSD-RJ).
Em junho, Zambelli, “gastou R$ 4 mil da cota parlamentar com uma firma que trabalha na edição do conteúdo que posta. O alcance dos vídeos gerou a Carla R$ 23.702, dos quais diz ter recebido já R$ 15,1 mil do YouTube”. Nos vídeos havia ataques contra desafetos políticos, STF, e ideias bolsonaristas. A prova de  que tais vídeos espalhavam notícias falsas é que após a abertura do inquérito, mais de três mil vídeos foram apagados.

Páginas/perfis associados a ele pelo Facebook foram derrubados :Extrema Vergonha na Cara, Nordestinos com Bolsonaro 2018, Marcos Antonio Diniz, Bolsonaro News, Bolsonaro Opressor 2.0, bolsonaronewsss, Vim do Futuro para Dizer que o Bolsonaro virou Presidente, Vanessa Navarro. Segundo o Facebook e o Atlantic Council, Arnaud era responsável por perfis e páginas com mais de 1,5 milhão de seguidores que adotavam “um mix de meias-verdades para levar a falsas conclusões”, entre elas a de que a reação à pandemia de covid-19 é exagerada e de que a hidroxicloroquina seria capaz de destruir o coronavírus (algo que não foi comprovado por amplos estudos científicos.

JORGE RORIZ