Dilma anuncia e quer oficializar um rombo de R$ 97,6 bilhões

O governo federal  anunciou que espera fechar o ano de 2016 com um déficit primário (com despesas maiores que as receitas) de R$ 96,6 bilhões. O valor equivale a 1,55% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Se esse déficit for confirmado, será o terceiro ano consecutivo de contas no vermelho, o que faz a dívida do governo crescer, assim como seus gastos com juros.

Para oficializar o rombo, o governo precisa que o Congresso aprove um projeto a ser enviado nos próximos dias, como revela reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (23).  Enquanto a alteração da meta não for aprovada por deputados e senadores, a equipe econômica de Dilma se propõe a um corte nas despesas de quase R$ 45 bilhões, o que reduz os desembolsos do governo a um patamar compatível ao de 2010.

Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly do PSDB, do Paraná, o governo perdeu a capacidade de governar o país. O tucano, que também é economista, acredita que o rombo pode prejudicar diversos setores do Brasil.

“Quer dizer, significa que ele não tem a capacidade mais de governar o Brasil  e que precisa imediatamente trocar o governo. Quando o governo diz que não tem nem capacidade de fazer um superávit primário e anuncia um prejuízo primário de R$ 95 bilhões, significa que o rombo desse ano vai ser muito maior que o do ano passado. Vai explodir a inflação, vai explodir os juros, vai ser a deterioração de toda a estrutura do país”, disse o deputado.

Abandonando a promessa de cortar os gastos e apostando na volta da CPMF, o governo conta com a  cobrança do tributo a partir de setembro para ter R$ 10 bilhões no caixa neste ano. O deputado Luiz Carlos Hauly acredita que a CPMF não deve funcionar e defende o afastamento da presidente Dilma do poder.

“A solução só tem uma: enquanto Dilma permanecer no governo, não tem governo. Não há CPMF que vá cumprir e completar o rombo  que eles fizeram. Então, não tem saída não. Primeiro porque eles não tem mais dinheiro no Congresso. Segundo porque a população não quer a CPMF”, completou.

Assessoria do PSDB

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JORGE RORIZ