Entenda a imoralidade do novo emprego de Moro

O ex-juiz Sergio Moro pode alavancar R$ 100 milhões em negócios para a consultoria internacional Alvarez & Marsal que o contratou. Esse volume de dinheiro está vinculado a processos em andamento de recuperação judicial de empresas.

Somente das empresas OAS e Odebrecht devastadas pela Operação Lava-Jato, a Alvarez & Marsal deverá receber R$ 34,8 milhões por meio de contratos de administração judicial.
A perspectiva é de que ele abra portas que hoje estão travadas e facilite o andamento de processos milionários.

No Twitter, Moro afirmou que aceitou o cargo para “ajudar as empresas a fazer a coisa certa, com políticas de integridade e anticorrupção”. Disse ainda: “Não é advocacia, nem atuarei em casos de potencial conflito de interesses”.

Ela responde pela recuperação da Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Sete Brasil. Empresas enroladas com a lava jato. Moro homologou uma parte das delações e de forma indireta supervisionou um acordo de leniências.
RESUMO: ele perseguiu as empresas na Lava Jato,  e agora  ele é sócio de uma empresa que cuida das recuperações das empresas que ele quebrou.

Moro não aceitou como prova a declaração de Alvarez & Marsal de que o apartamento era da  OAS e não de Lula. e agora passa a  trabalhar para essa empresa. (isso levou a condenação de Lula)

o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), apresentou requerimento pedindo que a Procuradoria Geral da República investigue a contratação do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública pela consultoria norte-americana Alvarez and Marsal. A empresa é responsável pela administração judicial da Odebrecht, uma das companhias mais afetadas por decisões do ex-juiz da “lava jato”.

“Nova maneira de ficar rico: quebrar uma empresa e depois ser contratado para a sua recuperação judicial. Foi o que fez Sergio Moro. Quebrou a Odebrecht e agora foi contratado pela empresa que está fazendo a recuperação judicial”, escreveu o deputado nas redes sociais antes de protocolar o pedido de investigação na PGR.

“Diante desse cenário, é urgente que se apure as relações, as condições e os valores envolvidos nos contratos celebrados entre o Grupo Odebrecht, a consultoria norte-americana Alvarez & Marsal e, agora, o sr. Sergio Fernando Moro.

“As decisões proferidas pelo então juiz Sergio Moro provocaram significativos impactos políticos, sociais e econômicos ao país. Sua atuação foi decisiva para que fossem celebrados acordos e concedidos benefícios ao Grupo Odebrecht, seus sócios e executivos. O mínimo que se espera é que os desdobramentos dessa operação sejam trazidos às claras e que haja transparência na conduta dos envolvidos”, diz trecho do requerimento.

 

“Além disso, é evidente que, durante o exercício do cargo de juiz federal da 13ª Vara Federal de Curitiba, o Sr. Sergio Fernando Moro teve amplo acesso a documentos e elementos de prova referentes ao Grupo Odebrecht, muitos dos quais ainda permanecem em sigilo e podem ensejar novas medidas investigativas, fato que poderá ser utilizado em benefício da atual administração”, diz o documento.

 

“Não há dúvida de que, segundo a lógica que inspirou os trabalhos da Operação Lava Jato, hoje assumidamente liderados pelo então juiz Sérgio Moro, situações dessa natureza seriam em tese caracterizadas como justa causa para investigação criminal pelo delito de corrupção, justificando-se a busca de elementos informativos sobre as vantagens ou promessa de vantagens supostamente solicitadas, recebidas ou aceitas em troca de atos praticados na condição de funcionário público”, argumenta o deputado.

Informações do site Conjur

JORGE RORIZ