Entidades médicas emitem nota contra fake news de Bolsonaro

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) desmentiu a fala do presidente Jair Bolsonaro, que relacionou as vacinas contra Covid-19 ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), e repudiou “toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente”.

Em nota, o Comitê de HIV/aids da SBI disse que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a COVID-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida”. Esclareceu ainda que pessoas que vivem com HIV/aids devem ser completamente vacinadas contra a Covid-19.

“Destacamos inclusive a liberação da dose de reforço (terceira dose) para todos que receberam a segunda dose há mais de 28 dias”, diz o texto, endossado pela Associação Médica Brasileira (AMB). “Repudiamos toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente”, completa.

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA NÃO EMITIU NOTA CENSURANDO BOLSONARO PELO FAKE NEWS CONTRA AS VACINAS. MAIS UMA OMISSÃO.

O Presidente da CPI, Renan Calheiros,  pediu ao STF que o Bolsonaro  seja banido das Redes Sociais.

O senador Alessandro Vieira, do Cidadania, considera que o presidente cometeu um crime flagrante de informação falsa e pediu que a CPI da Covid apoie a inclusão da declaração no presidente no inquérito das fake news.

“É gravíssimo o presidente da República, por qualquer forma, tentar atrapalhar o processo de vacinação dos brasileiros. Bolsonaro faz isso há muito tempo. A última delas é um absurdo, um atentado, tentar atribuir à vacinação a possibilidade de adquirir alguma doença como a Aids. É preciso que o Judiciário e o próprio Congresso se posicione, porque um presidente da República não pode ser tratado como uma criança irresponsável”, disse.

JORGE RORIZ