BRASÍLIA – Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, murros e empurrões a equipe de profissionais do Estadão que acompanha uma manifestação pró-governo realizada neste domingo, 3, em Brasília. O fotógrafo Dida Sampaio registrava imagens do presidente em frente a rampa do Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, numa área restrita para a imprensa quando foi agredido.
Sampaio usava uma pequena escada para fazer o registro das imagens quando foi empurrado duas vezes por manifestantes, que desferiram chutes e murros nele. O motorista do jornal, Marcos Pereira, que apoiava a equipe de reportagem também foi agredido fisicamente com uma rasteira. Os manifestantes gritavam palavra de ordem como “fora Estadão”.
“A Equipe de reportagem do @Estadao acaba de ser agredida por manifestantes bolsonaristas em Brasília. O fotógrafo@Didasampaioo e o motorista do jornal levaram socos e pontapés. No Dia da Liberdade de Imprensa. Issoé inadmissível. Estamos em marcha batida para solapar a democracia.”, disse, Vera Magalhães.
No momento da agressão, Sampaio usava uma pequena escada para registrar imagens quando foi empurrado por manifestantes, que também desferiram chutes e murros no profissional. O motorista do jornal, Marcos Oliveira, que apoiava o fotógrafo, foi agredido com uma rasteira. Os apoiadores também gritaram “fora Estadão” durante o incidente. Os repórteres Júlia Lindner e André Borges, que também acompanham a manifestação para o Estadão, foram insultados, mas sem agressões.
“O presidente ameaça reagir com Forças Armadas e black blocs que agridem repórteres a decisões contra sua tentativa de controlar a PF e a eventuais operações dela contra sua turma no inquérito defendido pelo então AGU (hoje ministro da Justiça) e pelo PGR que escolheu.” Felipe Moura.
“inadmissível a agressão sofrida por jornalistas do Estadão.Em qualquer data,mas especialmente quando se celebra o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.Sinal de tempos bárbaros incentivados por um líder autoritário e obscurantista.É preciso enfrentar e estancar essa seita do ódio” Roberto Freire.
“Ao associar – ao engajar mesmo – as Forças Armadas à sua leitura autocrática da Constituição, Jair Bolsonaro subiu novo grau no discurso golpista. Cabe agora ao comando militar dizer se endossa essa compreensão partidarizada de seus compromissos constitucionais.” Carlos Andreazza