Ex- ministro Pazuello confiscou medicamentos de UTI e isso agravou a falta desses medicamentos

Em março deste ano, o presidente Bolsonaro fez a requisição administrativa desses medicamentos, isso significa que a indústria passou a vender todo o estoque produzido ao governo,
Para os especialistas, isso agravou o problema: “Requisições, de forma geral, sempre atrapalham a logística da indústria, No caso específico do Ministério da Saúde, nós tivemos reuniões, as empresas tiveram reuniões com os representantes do Ministério da Saúde e procuraram adequar a possibilidade dos produtos a serem entregues para o governo. Mas isso, de uma forma geral, é como você despir um santo para vestir outro”,
comentou Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

A federação das santas casas paulistas diz que não consegue receber medicamentos que já comprou porque eles foram requisitados pelo governo federal e ainda não foram entregues

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou:

“O Ministério da Saúde cometeu um erro gravíssimo ao confiscar os insumos que as empresas produzem. Isso foi realizado na gestão do ministro anterior, Eduardo Pazuello, mas ainda não foi suspenso”, disse Doria.

“Nenhum governo estadual, municipal ou instituições privadas pode adquirir esses insumos porque as empresas receberam um confisco, um sequestro do Governo Federal. Gostaríamos de saber por que o Ministério da Saúde não faz a distribuição desse material aos Estados, que podem levar até a ponta, nos hospitais”, completou.

“O problema foi o não planejamento do ministério, já que avisamos desde o ano passado para a necessidade de encomendar os medicamentos”. (presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula)

“Fizemos um pedido de socorro para a OPAs, que está tentando conseguir os medicamentos na União Europeia”, afirma.

Ouçam o que diz, de Edson Rogati, diretor da federação das Santas Casas de SP e em seguida, de Eduardo Ribeiro Adriano, secretario executivo estadual de saúde de São Paulo.

JORGE RORIZ