Farmacêutica Astrazeneca diz que terá 230 milhões de vacinas contra o coronavírus prontas no fim do ano

O diretor-executivo da farmacêutica anglo-sueca Astrazeneca, Pascal Soriot, acredita que até o final do ano podem estar prontas até 400 milhões de doses da vacina contra o coronavírus que os laboratórios estão desenvolvendo em colaboração com a Universidade Oxford.

“Nossa vontade é a de poder comprimir em um ano um processo que normalmente leva vários anos”, afirmou neste sábado

“Acreditamos que até o final do ano podemos ter 100 milhões de doses prontas para os Estados Unidos; 30 milhões de doses para o Reino Unido, e pouco menos de 100 milhões de doses para a Europa”, afirmou Soriot.

Atualmente estão na fase 3 do estudo, e trabalham com 10.000 voluntários aproximadamente. Astrazeneca fechou um acordo, para dividir riscos financeiros, com a chamada Aliança Internacional para a Vacina (IVA na sigla em inglês) formada pela Alemanha, França, Itália e Holanda, os quatro países que têm maior capacidade de manufatura de medicamentos. Testes estão sendo feitos com 2000 voluntários no Brasil.

A novidade do projeto, um dos quase cem que estão sendo feitos em todo o mundo, consiste na decisão de produzir o fármaco paralelamente ao desenvolvimento dos testes.

Os resultados até a data foram animadores. Não existe certeza da eficiencia da vacina. Mas devido a ugencia de combater a covid 19, os laboratórios e Governos vão correr o risco de começar a produzir doses, ainda que depois se revelem inúteis. o objetivo é ganhar tempo.

O custo da dose será muito reduzido, de apenas dois euros (11 reais), e a Astrazeneca afirma que as venderá a preço de custo, sem acrescentar margem de lucro.

Se os resultados finais do teste, esperados para o final de setembro, forem positivos, os cálculos da farmacêutica estimam que a produção total de doses chegará a alcançar, no mínimo, 2,1 bilhões, e estuda como aumentar esse número para se aproximar do volume da população mundial. “Para acelerar todo esse processo foi feito um acordo de transferência tecnológica com outros países, que já começaram a produzir a vacina para os testes”, afirmou o diretor-executivo da Astrazeneca.

Fonte: El país

JORGE RORIZ