General Santos Cruz afirma: Bolsonaro é criminoso, covarde, traidor”

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro m ex aliado  de Bolsonaro, em entrevista à revista IstoÉ desta sexta-feira 2, chamou o ex-capitão de ‘criminoso’, ‘covarde’, ‘traidor’ e o acusou de ‘destruir a direita e o conservadorismo’ no Brasil. O militar é um dos novos filiados ao Podemos e pretende, apoiando Sergio Moro, conquistar uma cadeira no Congresso.

“Bolsonaro sempre foi covarde. É uma característica dele. Um momento em que isso ficou perceptível foi no Sete de Setembro, quando o presidente fez um chamamento popular, uma bravata absurda na Avenida Paulista. Pouco tempo depois, chamou outra pessoa para escrever meia página para se desculpar”, destacou em uma das muitas respostas sobre o antigo aliado.

Ele fala sobre a questão de Bolsonaro contra a Anvisa:

Uma barbaridade e uma canalhice total. Órgãos técnicos como a Anvisa existem exatamente para fazer com que a sociedade não fique à mercê apenas de decisões políticas. Expor os servidores é uma coisa criminosa”, disse o militar.

Ainda sobre Bolsonaro, Santos Cruz afirmou que o ex-capitão foi o responsável por ‘destruir a direita e o conservadorismo’ no Brasil,

O ex-ministro do governo disse ainda se sentir ‘traído’ por Bolsonaro.

“Muita gente que votou em Bolsonaro, como eu, acreditava no discurso dele. Bolsonaro é um traidor de carteirinha. Traiu o eleitor, traiu o País inteiro”, disse, tentando se justificar.

Cruz diz que os militares bolsonaristas não representam as Forças Armadas:

“Essas pessoas não representam as Forças Armadas. Nem eu quando estava no governo representei. O pessoal da reserva não representa as Forças Armadas. O Heleno não está lá exercendo a função de general, mas a de um ministro qualquer”, afirmou, buscando minimizar a parcela de culpa dos fardados nas políticas desastrosas do atual governo.

O general critica a aliança de Bolsonaro com o mensaleiro condenado, Valdemar Costa Neto

“Não sou eu quem vai julgar o presidente do PL. Todos os partidos têm pessoas bem intencionadas e pessoas com as quais se discorda. Mas o Centrão tinha sido taxado como criminoso”, disse. “Bolsonaro abraçou aqueles que criticava de maneira contundente. Isso é traição pura ao eleitorado, aos que acreditaram na sua conversa fiada de fazer política de uma nova maneira”, acrescentou.

JORGE RORIZ