O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu liberdade ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Apontado como operador do PSDB, ele foi preso na manhã desta quarta-feira (30/5), acusado de intimidar testemunha de processo no qual é investigado por supostos desvio de recursos de R$ 7,7 milhões da empresa – entre entre 2009 e 2011 (durante os governos José Serra e Geraldo Alckmin).
Ao conceder habeas corpus, Mendes entendeu que a decisão da Justiça de São Paulo que determinou a nova prisão é ilegal por não demonstrar fatos concretos para justificar a medida.
“Além disso, como aponta a defesa, as testemunhas arroladas pela acusação já foram inquiridas. Na fase atual, dificilmente a defesa teria poder para colocar em risco a instrução criminal”, afirmou Mendes.
De acordo com a defesa, não há fato novo que justifique nova prisão, decretada para preservar as investigações, a partir da acusação de intimidação de testemunhas do processo. Segundo os advogados, não há nenhuma prova no decreto de prisão que demonstre algum tipo de contato entre ele as testemunhas.