Líderes do Comando Nacional do Transporte (CNT) chegam a Brasília na noite desta terça-feira, 10, para tentar iniciar um diálogo com o governo federal sobre a greve dos caminhoneiros. Foi solicitada uma audiência com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, na qual ele receberia esses representantes.

‘Sem contato’. Em entrevista concedida ontem ao Estado, Ivar Luiz Schmidt, o líder do CNT disse que, a princípio, não há interesse em negociar com o governo federal e que o principal objetivo é derrubar a presidente Dilma Rousseff. “Entregamos uma pauta para o governo em 4 de março e, em oito meses, o que foi atendido é irrelevante. Por causa disso, e do clima em que se encontra o País, com inflação elevada e aumentos consecutivos dos combustíveis e da energia elétrica, achamos por bem pedir a renúncia da presidente. Não acreditamos mais que ela seja capaz de conduzir o País para fora do abismo no qual se encontra.”
O caminhoneiro Fábio Luís Roque, outra lideranças do CNT, havia dito na segunda-feira que o grupo não pretendia estabelecer nenhum tipo de diálogo com o governo federal para levar reivindicações dos transportadores autônomos a Brasília. “Não queremos contato”, disse.
Roque é caminhoneiro da cidade de Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Sul. Segundo ele, a paralisação é por tempo indeterminado e não tem volta. “Ou ela (Dilma) renuncia ou vai para o impeachment. Daí sim, quando o governo que está agora sair, vamos começar a tratar da nossa pauta”, afirmou.
Informações do Estadão