O Irã nunca venceu uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação!, escreveu o presidente dos EUA em uma rede social sobre a morte do general iraniano; Irã prometeu vingança
A frase, em referência às mortes de Soleimani e também do vice-presidente da milícia iraquiana majoritariamente xiita, Forças de Mobilização Popular (PMF, na sigla em inglês), Abu Mahdi al-Muhandis, foi postada no Twitter do presidente dos EUA.
Suleimani foi morto em um bombardeio no aeroporto de Bagdá, conforme anunciou ontem a televisão pública iraquiana. Um dos militares mais poderosos do grupo, ele era considerado terrorista pelos Estados Unidos e Israel. O general Soleimani era o responsável das operações fora do Irã e esteve presente na Síria e no Iraque, supervisionando as milícias apoiadas por Teerã nos dois países árabes.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, prometeu forte vingança: “Sua partida (de Suleimani) não acaba com a sua missão e uma forte vingança aguarda os criminosos que têm seu sangue e o sangue dos outros mártires em suas mãos”, disse o líder supremo em comunicado. Ele também anunciou que o posto de Suleimani será ocupado pelo brigadeiro-general Esmail Ghaan e que a Guarda irá permanecer “inalterada”. Até o momento, Ghaan era vice-comandante da força Al-Qods, responsável pelas operações estrangeiras do Irã.
Segundo o Pentágono, Soleimani estava desenvolvendo “planos para atacar diplomatas e membros do serviço americano no Iraque e em toda a região”. O general era apontado como culpado pela “morte de centenas de americanos e membros do serviço de coalizão e pelos ferimentos de milhares”.
“Os Estados Unidos seguirão tomando todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses em qualquer parte do mundo”, disse o comunicado do Pentágono, afirmando que o ataque de hoje tinha como objetivo “impedir futuros planos de ataques iranianos”.