Janot pede a manutenção da prisão de Cunha e associa Temer a Organização criminosa

“Como se vê, não há identidade ou similaridade relevante entre circunstância fáticas que fundamentaram as prisões preventivas de Rodrigo Rocha Loures e Eduardo Cunha. Enquanto um deles era um intermediário do líder da organização criminosa, o requerente era virtualmente um dos mandantes do esquema espúrio, ao qual coube, por anos, articular diversas pessoas nos mais variados níveis do Estado para instrumentalizar a máquina pública no atendimento de interesses privados. Sua periculosidade é tamanha que, mesmo preso, ainda intimida grandes empresários e agentes políticos destacados, incluindo o presidente da República”, disse Janot, explicando porque a decisão de libertação de Loures não deveria ser estendida a Cunha.

Segundo o procurador-geral, Cunha “valeu-se do processo penal para intimidar e exercer pressão sobre a figura do Presidente da República.

“No que tange especificamente aos fatos de que cuidou a “Operação Patmos”, cabe destacar que mesmo a prisão preventiva já decretada em face do requerente (Cunha) foi insuficiente para o coibir de prosseguir com a atividade delinquente. Nesse período, não só recebeu valores indevidos como se articulou com outros membros da organização criminosa — em particular Lúcio Bolonha Funaro — para obstar e criar embaraços às investigações em curso”, disse Janot.

As investigações da PGR relacionadas à suposta formação de organização criminosa são sobre a atuação do PMDB na Câmara e sobre uma suposta tentativa de obstruir a delação premiada de Eduardo Cunha e Lucio Funaro. Há uma expectativa de que Temer seja denunciado pelos crimes de participação em organização criminosa e obstrução à investigação de organização criminosa. ( Informações do Estadão)

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JORGE RORIZ