Lava Jato – O uso político da justiça

No um ano e quatro meses, após o STF confirma o que diz a lei (Processos eleitorais são da justiça eleitoraL) ao menos 78 casos de processos eleitorais, a maior parte pela Lava Jato, chegaram à segunda instância. Destes, três resultaram em denúncias aceitas e dez em arquivamentos. Ainda não ocorreu nenhuma condenação nos processos enviados por Cortes Superiores às varas eleitorais.

Na semana passada, o ex governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), se tornou réu por acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e caixa 2 de R$ 11,9 milhões pagos pela Odebrecht nas campanhas de 2010 e 2014.

A defesa do ex-governador afirmou que ele “nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados nos termos da legislação vigente”. Disse também que as acusações são falsas, e que o processo aberto vai “provar a sua improcedência”.

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) chegou a ser condenado por suposto caixa dois na campanha eleitoral de 2012 pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, mas foi absolvido em julho pelo TJ-SP. O processo teve origem em delações da Operação Lava Jato, mas tramitou na Justiça Eleitoral antes da decisão do STF.

A operação Lava Jato foi criada para investigar crimes relacionados com a Petrobras. O QUE ISSO TEM A VER COM A JUSTIÇA ELEITORAL?

ABSOLUTAMENTE NADA. Eles se tornaram os justiceiros e escolhem os processos para uso político.

JORGE RORIZ