Lava Jato – Três anos prendendo traidores da pátria

 

A Força Tarefa da Lava Jato completa  3 anos de investigação. É formada por 13 procuradores da República, que atuam exclusivamente no caso.

Em meio à grande ofensiva que prepara contra pelo menos 170 políticos – entre deputados, senadores e ex-parlamentares – citados em mais de 900 depoimentos de 77 delatores da empreiteira Odebrecht, o procurador-geral da República Rodrigo Janot contabiliza em dois anos de Operação Lava Jato um acervo de 20 denúncias criminais no Supremo Tribunal Federal, além do pedido de abertura de 28 inquéritos envolvendo 55 investigados.

“Estão tentando um esvaziamento lento e gradual da operação, mas a Lava Jato tem força própria.”

A opinião do mais antigo dos procuradores da força-tarefa, que investiga a corrupção na Petrobrás, Carlos Fernando dos Santos Lima.

Os críticos da Operação afirmam que  a operação é a responsável pela crise econômica do Brasil.

“O sistema político disfuncional atrapalha a economia, não a Operação Lava Jato”, afirmou.

 É uma unamimidade entre membros da força-tarefa de que a “corrupção enfraquece o potencial competitivo da indústria nacional” e, por isso, precisa ser atacado – mesmo que gere um período de efeitos negativos na economia.

“Precisamos resolver isso. É possível manter um bom desempenho econômico por um, dois, cinco anos por conta de commodities, boom no exterior, entrada de dólares. Mas basta uma queda, e o sistema político disfuncional vai se revelar e desestabilizar a situação.”

Carlos Fernando. Foto: Rodolfo Buhrer/Estadão

O “sistema disfuncional” é o que usa a corrupção como forma de financiamento político e eleitoral, num ciclo em que empresas abastecem esse caixa paralelo em troca de negócios com os governos.

“Mantida a situação atual, de corrupção e deturpação do regime democrático, outras crises econômicas virão” afirma Carlos Fernando.

 

A operação foi deflagrada em 17 de março de 2014, por uma força-tarefa do Ministério Público, Polícia e Receita Federais, formada em Curitiba, levou para a cadeia importantes nomes do governo e também proeminentes empresários.

Os procuradores acreditam que pressão popular é um escudo contra as tentativas de prejudicar a Operação.

“É um risco que o interesse comece a cansar as pessoas”, avalia Carlos Fernando e o procurador da República Deltan Dallagnol.

Informações do Estadão.

 

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JORGE RORIZ