A nomeação de Nestor Cerveró para a diretoria Financeira e de Serviços da BR Distribuidora foi um “ato de gratidão” do então presidente Lula, segundo revelou o próprio beneficiado em depoimento sob acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. Segundo ele, foi o próprio Lula quem decidiu nomeá-lo para a BR Distribuidora, desmentindo afirmações anteriores do ex-presidente.
Cerveró diz que o cargo foi um prêmio por sua “ajuda” ao Grupo Schain a vencer uma licitação para o aluguel de um navio sonda para a Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o contrato foi firmado para o pagamento do empréstimo de R$ 12 milhões do Grupo Schain ao Partido dos Trabalhadores, intermediado pelo empresário José Carlos Bumlai, amigo íntimo e “operador” do ex-presidente.
O negócio rendeu à Schain mais de R$ 1 bilhão. Ao ser preso, Bumlai confirmou a fraude, mas tentou proteger o amigo Lula. ( Diário do Poder)