A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) afirmou em nota que a democracia é uma “obra coletiva” que deve ser respeitada por “todos os agentes públicos e privados”. Segundo a instituição, o regime democrático pressupõe o debate de ideias, mas “não convive e não aceita posições que impliquem a sua própria negação”.
“Ele estaria preparando o campo para o insucesso? Não tenho expertise para colocá-lo num divã e saber o que está por trás disso, mas desde 1996 não tivemos uma impugnação minimamente séria. É preocupante”, disse o ministro Marco Aurélio.
“Afirmações que pretendam criticar o sistema eleitoral não podem se basear em suposições, em alegações genéricas e sem provas. Além disso, a discussão acerca do modelo de votação jamais pode ocorrer em um ambiente de ameaças sobre a própria realização das eleições, pois isso violaria a Constituição e o próprio regime democrático. A adoção de métodos ou discursos que desestabilizem o funcionamento adequado das instituições merece não apenas repúdio, mas vigilância permanente quanto a seus efeitos e aos riscos para a nossa democracia”, diz o texto da ANPR.
Nota de 08 partidos contra declarações de Bolsonaro sobre a possibilidade da não realização das eleições
LEIA A ÍNTEGRA
A Democracia é uma das mais importantes conquistas do povo brasileiro, uma conquista inegociável.
Nenhuma forma de ameaça à Democracia pode ou deve ser tolerada. E não será.
Nas últimas três décadas, assistimos a muitos embates políticos, tivemos a sempre salutar alternância de Poder, soubemos conviver com as diferenças e exercer com civilidade e responsabilidade o sagrado direito do voto.
Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável.
São as eleições que garantem a cada cidadão brasileiro o direito de escolher livremente seus representantes e gestores.
Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto.
Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição.
ACM NETO (DEMOCRATAS), BALEIA ROSSI (MDB), BRUNO ARAÚJO (PSDB), EDUARDO RIBEIRO (NOVO), JOSÉ LUÍS PENNA (PV), LUCIANO BIVAR (PSL), PAULINHO DA FORÇA (SOLIDARIEDADE) e ROBERTO FREIRE (CIDADANIA)