Manifestantes do MBL são feridos por membros do MTST em acampamento em Brasília

 

Jovens do Movimento Brasil Livre (MBL), que fazem acampamento pró-impeachment de Dilma Rousseff em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, desde o dia 19 deste mês, sofreram agressores verbais e físicas após um grupo de militantes do MTST invadirem o espaço do acampamento na tarde de hoje (28). Vídeos de alguns dos momentos das agressões foram compartilhados no Facebook do MBL. Há registros de socos, pontapés, pedradas e até espetadas. Alguns jovens ficaram com as camisas manchadas de sangue e há informações de que um deles sofreu fratura de costela.

Kim Kataguiri, coordenador nacional do MBL, acredita que a série de agressões foi motivada pela fala exaltada de ontem (27), do deputado federal e líder do PT na Câmara, Sibá Machado, quando parte do grupo dos manifestantes segurava faixas com as inscrições “Impeachment” e “Fora Dilma” na galeria do plenário. Irado, Sibá Machado (AC) chamou os jovens de vagabundos e ameaçou enfrenta-los. “Eu vou juntar gente e botar vocês ‘pra’ correr daqui da frente do Congresso. Bando de vagabundos. São vagabundos. Vocês são vagabundos. Vamos ‘pro’ pau com vocês agora”, prometeu o parlamentar. Via Twitter, Sibá tentou amenizar a declaração escrevendo que a promessa foi “figura de linguagem, apenas um modo de dizer”.

Apesar de toda a confusão no gramado do Congresso, policiais assistiram as agressões de longe. Enquanto os manifestantes pró-impeachment gritavam “não viemos pra brigar, viemos pra tirar a Dilma”, as provocações do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto continuaram. “Estava tudo pacífico, tanto que levei uma pedrada nas costas e minha blusa está toda suja de sangue. O Jean [coordenador do MBL em Manaus/AM] também levou um tapa e um soco na cara e caiu no chão. Os policiais estão todos ali e não fazem nada. A gente apanhando de graça e todos de costas sem fazer nada”, contou chorando a coordenadora do MBL em Uberlândia/MG, Letícia em um dos vídeos.

Em outra filmagem, uma senhora aparece segurando um palito no alto e se recusando a solta-lo. Outro coordenador do MBL nacional, Renan Santos, aparece no vídeo com a camisa suja de sangue após ter sido espetado pelas costas pela senhora.

Mesmo com o clima tenso, o MBL promete resistência pacífica e convoca mais cidadãos para o acampamento. “Não iremos recuar. Nossa luta é por um ideal maior. Agora, mais ainda, convocamos todos a participar deste acampamento, venham para a frente do Congresso mostrar que somos mais fortes que uma militância paga e que iremos vencer”, diz um dos posts da página do MBL.

Os movimentos Revoltados Online e Vem Pra Rua se juntaram à ação. Membros do MBL-BA também participam do acampamento em Brasília, que não tem data para término.

Fonte: MBL- BA

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JORGE RORIZ