Ministério da Agricultura critica Guia Alimentar e pede fim da classificação que desaconselha ultraprocessados

Ministério da Agricultura fez críticas ao “Guia Alimentar para a População Brasileira” criado pelo Ministério da Saúde
principalmente no que se refere à redução de alimentos ultraprocessados.

“A recomendação mais forte nesse momento é a imediata retirada das menções a classificação NOVA no atual guia alimentar e das menções equivocadas, preconceituosas e pseudocientíficas sobre os produtos de origem animal”, diz trecho do documento da pasta.

Cientistas ligam alimentos ultraprocessados a mortes prematuras.

A nota ainda pede uma revisão de todo o Guia com a participação de “setores especializados na ciência dos alimentos”, citando como exemplo engenheiros de alimentos.

O documento é assinado por Luís Eduardo Rangel e Eduardo Mazzoleni, diretor e coordenador do departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas da Secretaria de Política Agrícola do ministério.

Uma nota técnica do Ministério da Agricultura foi enviada ao Ministério da Saúde;a recomendação mais forte nesse momento é a imediata retirada das menções a classificação NOVA no atual guia alimentar e das menções equivocadas, preconceituosas e pseudocientíficas sobre os produtos de origem animal”, diz trecho do documento do Ministério da Saúde.

 

Alimentos processados
São alimentos in natura ou minimamente
processados que recebem sal, açúcar, vinagre
ou óleo para, principalmente, durar mais tempo.
As técnicas de fabricação incluem cozimento,
AMARELO
fermentação, salmoura, entre outros.
Exemplos
• conservas de cenoura, pepino, ervilhas,
palmito, cebola, couve-flor, dentre outros
legumes, preservados em salmoura ou em
solução de sal e vinagre;
• extrato ou concentrado de tomate (com sal
e/ou açúcar);
• frutas em calda ou cristalizadas;
• geleias;
• carne seca e toucinho;
• sardinha e atum enlatados;
• queijos;
• pães feitos com farinha de trigo, fermento,
água e sal.

Alimentos ultraprocessados – São formulações industriais à base de ingredientes extraídos ou derivados de alimentos (óleos,
gorduras, açúcar, amido modificado) ou, ainda, sintetizados em laboratório (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor, etc.). Os rótulos podem conter listas enormes de ingredientes. A maioria deles tem a função de estender a duração do alimento, ou, ainda,Cdotá-lo de cor, sabor, aroma e textura para tornálo atraente. Quando presentes, ingredientes in natura ou minimamente processados aparecem em proporção reduzida.

Exemplos
• guloseimas em geral (chocolates, pirulitos,
sorvetes, etc.);
• cereais matinais açucarados;
• bolos e misturas para bolo;
• margarina;
• barras de cereal;
• sopas, macarrão e temperos “instantâneos”;
• molhos prontos;
• salgadinhos “de pacote”;
• refrescos e refrigerantes;
• iogurtes e bebidas lácteas adoçados e
aromatizados;
• bebidas energéticas;
• produtos congelados e prontos para aquecimento
(lasanha, pizza, nuggets, etc.);
• pães, bolachas e biscoitos feitos com
gordura vegetal hidrogenada, açúcar,
amido, soro de leite, emulsificantes e outros
VERMELHO
aditivos.

ACESSE O GUIA ALIMENTAR ANTES QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE ALTERE.

 

JORGE RORIZ