Ministério da Saúde amplia a proteção à vacinação contra a febre amarela

Os estados do Rio de Janeiro e Bahia passam a intensificar as ações de vacinação nos municípios próximos a Minas Gerais. Foram confirmados quatro óbitos por febre amarela silvestre

Os estados do Rio de Janeiro (nos municípios do noroeste) e Bahia (nos municípios do oeste) passarão a reforçar a vacinação da população que mora próxima à divisa do leste de Minas Gerais com casos suspeitos. O oeste do Espírito Santo já está intensificando a vacinação em 26 municípios do estado. A ampliação da vacinação foi anunciada nesta quarta-feira (18) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que classificou a medica como precaução. Segundo ele, a decisão das secretarias estaduais de saúde, em conjunto com o Ministério da Saúde, foi adotada em função da proximidade com as cidades de Minas Gerais onde estão sendo investigados casos da doença, além do fato da região ser formada por uma mata contínua, sem barreiras com o estado.

Segundo o ministro da saúde a  vigilância em Minas e nos outros estados são qualificadas e estão agindo de forma adequada para controlar estes casos”. Ele lembrou ainda que o Ministério da Saúde está apoiando os estados  de maior risco com doses extras da vacina e capacitação técnica.

O oeste da Bahia já faz parte da área de recomendação para vacinação, mas o estado do Rio de Janeiro está fora desta recomendação e, por isso, começa a vacinar. Na Bahia, o reforço da vacinação abrange uma área de 45 cidades. Já no Rio de Janeiro, ao todo, a imunização vai atender a população de 14 municípios.

Quem não deve tomar

Por se tratar de um vírus vivo atenuado, a vacina oferece riscos para pessoas que possuem baixa imunidade ou que tenham alergia a ovo, que é usado em sua fabricação. Nessas pessoas, ela pode causar reações alérgicas, reações no sistema nervoso central e o desenvolvimento da própria doença.

QUANTAS DOSES?

A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos. ( obs: a vacina  não é apenas para crianças)

Antes, o Ministério da Saúde recomendava que fosse a cada dez anos, mas houve uma mudança de entendimento. “Em crianças, a vacinação é feita aos 9 meses e reforçada aos 4 anos. Se for depois disso, ela é aplicada uma vez e reaplicada após dez anos. Não precisa ser renovada para manter a eficácia”, explica Olga.

Os sintomas da doença incluem febre alta, dores no corpo e nas articulações, náuseas e vômito. Em alguns casos, a doença pode evoluir, após um breve período de melhora. Surgem então sintomas como icterícia (coloração amarelada da pele), hemorragia, choque e insuficiência de múltiplos órgãos, podendo levar à morte do paciente.

Já nos primeiros sintomas deve-se procurar ajuda médica. Não há nenhum tratamento específico contra a doença, só os sintomas são tratados.

Informações do Ministério da Saúde e Agência Brasília.

 

JORGE RORIZ