Ministro da Saúde cita pesquisas “promissoras” que foram paralisadas por Dilma

O ministro da saúde, Marcelo Castro, comentou no final do mês passado (novembro)  sobre as pesquisas feitas com mosquitos transgênicos e que seriam  promissoras no combate aos surtos de dengue, zika e chikunguya, doenças transmitidas pelo mosquito,  mas a  bióloga da Universidade de São Paulo que coordenava o estudo, Margareth Capurro, informou que as pesquisas foram  paralisadas aconteceu em setembro do ano passado ( por redução de despesas) e antes da paralisação, ocorreram atrasos nos repasses de verbas para o combate à epidemia em várias regiões do norte e nordeste. O projeto estava orçado em R$ 4 milhões e evitaria a epidemia e mortes de centenas de crianças, vítimas da microcefalia.

“A população de mosquitos foi retomada. Teríamos de refazer tudo para, numa outra etapa, fazer uma avaliação epidemiológica”, lamenta Margareth. “Mesmo que houvesse interesse, teríamos de começar praticamente do zero”, conta.

Liberado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança em dezembro de 2010, o trabalho em campo teve início em fevereiro de 2011. A pesquisa foi suspensa em setembro de 2015. Ou seja, tudo que foi iniciado está perdido.

Desenvolvido na Universidade de Oxford, o mosquito transgênico carrega material genético da drosófila. Em laboratório, são alimentados com ração de peixe e, para fêmeas adultas, sangue. Na fase de ovos, todos recebem tetraciclina, o que permite completar o ciclo de vida – o que não ocorre no ambiente.

No inicio a pesquisa teve grande sucesso. Mosquitos machos foram soltos nas cidades de Itaberaba- BA e Juazeiro-BA. As espécies transgênicas produzem filhotes que morrem antes de chegar à vida adulta, quando podem transmitir vírus da dengue, zika e chikungunya.  Foi constatado pelos pesquisadores  uma redução significativa no número de mosquitos selvagens nas cidades que participaram da pesquisa.

No combate a mosca da fruta. (drosófila)   machos  estéreis por exposição a radiações,  são liberados para disputar com a espécie selvagem a oportunidade de cruzar.

Como isso não  se consegue com o Aedes aegypti “recorremos à técnica transgênica”, diz a coordenadora do projeto, Margareth Capurro, bióloga da Universidade de São Paulo.

 

Jorge Roriz

 

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