Ministro do Planejamento diz que primeiro serão cortados gastos, se necessário haverá novo imposto

O ministro do Planejamento, Romero Jucá,  afirmou que a criação de impostos não é a primeira opção do novo governo para combater a crise econômica, e que a prioridade inicial é o corte de gastos.

-“Criar impostos não é a primeira opção do governo. Antes de pensar em criar impostos, o governo precisa fazer a lição de casa, que é cortar gastos. Animar a economia, ajustar a legislação, recuperar a segurança jurídica, a credibilidade e ter condição de dar previsibilidade aos setores econômicos para que possam fazer os seus investimentos” – disse aaté quinta-feira.

Ele não descartou, no entanto, que a medida seja discutida mais para frente:

“A discussão de alguma transição com algum tipo de imposto poderá ser necessária e será dita num momento apropriado pelo coordenador da equipe econômica, Henrique Meirelles. A questão é ser compatível com a realidade, com a expectativa e com alguma forma de melhorar a economia.Jucá ressaltou, ainda, que a criação de impostos não cabe à sua pasta. E reafirmou, conforme anunciado sexta, que o governo pretende cortar ao menos 4 mil cargos comissionados até 31 de dezembro deste ano.”

 

“Não é possível o governo falar e as pessoas não acreditarem. O ministro da Fazenda falar e o mercado ler o sinal contrário. A questão da credibilidade é ponto fundamental para que o país possa se renovar. Ela deve vir calcada em alguns pilares. Um deles é a estabilidade política. Temos ter base política para que o governo possa propor, aprovar e sustentar”.

Jucá disse que vai reunir-se hoje com nova presidente do BNDES, anunciada ontem pela assessoria do presidente interino Michel Temer, Maria Silvia Bastos, para tratar da transição do cargo, que até então era ocupado por Luciano Coutinho.

 

A senadora Ana Amélia Lemos disse esta manhã em Porto Alegre que não votará qualquer proposta de aumento de impostos. Inclusive a CPMF, cuja proposta foi entregue por Dilma ao Congresso. Em reunião com a Executiva, questionada sobre possível convite para assumir a liderança do governo no Senado, Ana Amélia avisou que não pensa no assunto, até porque teria que defender a proposta da CPMF e ela .

“Considero um grave equívoco falar de aumento de impostos. A pauta deve ser a drástica redução de despesas, interrompendo a gastança promovida pelo petismo. Quanto à CPMF, não contem com a bancada do PSDB para aprová-la”, diz o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy.

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JORGE RORIZ