O discurso de posse de João Doria – Governador de São Paulo

Veja a íntegra do discurso de Doria
“Quero começar saudando o presidente Cauê Macris, os demais membros da mesa diretora da Alesp, os líderes dos partidos e todos os deputados.

Quero também saudar o meu vice, Rodrigo Garcia, que representou o povo de São Paulo em três mandatos nessa Casa e que honrou o trabalho dos nossos 94 deputados estaduais na sua passagem pela Presidência da Alesp.

Nenhum governo, numa democracia, pode prescindir do aconselhamento e da fiscalização dos representantes da população.

Pretendo estar presente nessa Assembleia, todos os meses, para conversar com os parlamentares da situação e da oposição, valorizando, com isso, o diálogo, o contraditório e a prática democrática.

Hoje temos eleitores cada vez mais atentos aos poderes públicos, fiscais permanentes dos nossos atos e declarações,
Nobres deputados, os brasileiros de São Paulo foram às urnas para confiar a todos nós, homens públicos do nosso querido Estado, uma missão pelos próximos quatro anos: a missão de renovar a política.

Temos o desafio de atender esse sentimento de que o Brasil, de fato, mudou. Conveniências pessoais não podem estar acima do interesse popular.
O recado das urnas foi claro: não há mais espaço para governos DOS políticos.

É preciso governar COM os políticos, PARA o povo. É o que farei.
A velha política, das mordomias, do cabide de empregos, da troca de favores, do desperdício do dinheiro público não cabe nesse sentimento da mudança.

A população quer um governo eficiente, de resultados. São Paulo precisa resgatar sua paixão por fazer, sua força empreendedora e moderna, e ser o que sempre foi: o Brasil que realiza.

É assim que eu enxergo o papel do governo. O governo deve ser um parceiro do cidadão, um amigo que ajuda milhões de pessoas a irem além, a conquistarem mais, a abrir caminhos e horizontes.

A quem enxergue o governo como um tutor da vida cotidiana das pessoas; um provedor das necessidades. Em um país tão desigual, é premente criar caminhos para que as oportunidades sejam iguais.

Eu acredito que o melhor caminho para igualar as oportunidades é diminuindo o papel do Estado e reduzindo o governo para cuidar do que é essencial para as pessoas.

Enfatizo aqui o lema do fundador da escola Bauhaus de arquitetura: menos é mais. Menos governo e menos Estado, menos estatais e menos privilégios, é mais segurança, mais saúde, mais oportunidades.

Nada supera o talento individual que os brasileiros e os paulistas têm. Imagine quando se tem um governo que entende e impulsiona esses talentos? E o primeiro passo para caminhar nessa direção é escolher um time que compartilha dessa visão de país, de estado e de mundo.

Por isso, fui buscar os melhores nomes para compor nosso governo. Jornalistas e políticos têm chamado o nosso time de secretários estaduais de gabinete ministerial, tamanho o mérito e qualificação de cada um que aceitou o convite para colaborar com nosso Estado.
São Paulo tem esse poder de atrair grandes talentos, em todas as áreas, porque aqui somos permanentemente desafiados a entregar o melhor de cada um.

Na campanha, anunciei que seria o governador de todos os brasileiros de São Paulo, dos que votaram em mim, e dos que não votaram.
Por isso, todos os que quiserem fazer um governo para o povo, entregando resultados, melhorando a saúde, a segurança, a educação e a infraestrutura de São Paulo, serão bem vindos.

Tenho certeza que essa Casa, dos mais experientes aos parlamentares de primeiro mandato, acolherá os apelos da população e os compromissos assumidos com os eleitores.

Temos muito para construir juntos, pensando sempre no cidadão, nas políticas e ações que resultem em mais qualidade de vida para a população do Estado.

Na segurança, vamos entregar o primeiro Baep do interior, em Presidente Prudente, antes do Carnaval.

Na saúde, estamos programando o corujão da saúde para as três primeiras cidades a serem atendidas: 1, 2 e 3.

Na educação, antes de … vamos entregar … novas creches.
Vamos avançando em etapas porque a população cansou de promessas. O cidadão quer realizações, obras, ações efetivas do governo.

Para isso é preciso reestruturar o governo e, em parte, a própria política.
O Estado estará focado no que é sua real responsabilidade. Não irá gastar os recursos públicos em áreas que podem produzir melhores resultados quando são geridas pela iniciativa privada.

Vamos desenvolver um programa de desestatização: criar Parcerias Público Privadas, fazer concessões e privatizações sempre direcionadas para a melhoria do atendimento da população.

Vamos reestruturar o desenvolvimento de São Paulo, implantando as bases econômicas que o Século 21 exige. Mais tecnologia e inovação em todas as áreas: no agronegócio, na indústria, com a internet das coisas e os chips de última geração que serão montados em São Paulo.

Nas finanças, com as fintechs e cooperativas de crédito. Vamos retomar a expansão da infraestrutura, com o trem intercidades, a melhoria das hidrovias, do transporte metropolitano, a pavimentação de estradas vicinais e projetos de novas rodovias, como só São Paulo sabe fazer. Vamos cuidar da despoluição do Rio Pinheiros.

Queremos incentivar as startups, a economia criativa, o turismo, o artesanato, a gastronomia, a música, o trabalho artístico.

A sociedade quer serviços de qualidade. Temos o dever de colocar o governo no padrão Poupatempo: simplificação e inovação nos serviços, oferecendo soluções digitais.

O Brasil se encontra em São Paulo. E é desse caldeirão de destinos e sonhos, somados ao espírito desbravador dos paulistas, que surge nossa força transformadora.

Para construir esse novo ciclo de prosperidade, é preciso novas atitudes.
Vou doar meu salário todos os meses, cumprindo o compromisso de campanha. Vou continuar morando na mesma casa. O Palácio dos Bandeirantes será local de trabalho.
Defendo que as mudanças comecem com cada um, com pequenos gestos e grandes atitudes.

Por isso, defendo uma reestruturação do meu partido.
Transformar não significa desrespeitar a história do PSDB, sobretudo a que foi escrita por Montoro, Fernando Henrique, Covas, Serra e Alckmin.
Aqui nessa Casa, Mário Covas declarou que “São Paulo jamais virará suas costas para o Brasil”.

Nosso governo não virará as costas para o Brasil. E o meu partido, o PSDB, também não vai virar as costas para o Brasil. Os partidos, como os governos, precisam de novas posições, novos compromissos, novos projetos.

amos apoiar as iniciativas do presidente Bolsonaro que resultem no progresso do Brasil. Vamos apoiar a reforma da Previdência e o Pacto Federativo. Nossos parlamentares federais estão engajados na redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e no projeto que põe fim à saidinha das prisões. Bandido tem que cumprir pena na cadeia.

São Paulo vai trabalhar junto com o presidente na atração de investimentos internacionais para o Brasil, oferecendo segurança jurídica, transparência e ambiente seguro para a instalação de novas fábricas, comércio e centros de tecnologia e serviços.

O melhor programa social é o emprego.
O Brasil precisa se reencontrar com o desenvolvimento, a geração de empregos, a redução da pobreza.
Nós vamos manter e aperfeiçoar todos os programas sociais para quem realmente precisa.

A política precisa trocar ideologia por trabalho.
Os brasileiros precisam de paz.
Por fim, quero agradecer a minha família, começando pela Bia, minha mulher, os meus filhos, Carolina, Felipe e Johnny, e meu irmão Raul.

Quero agradecer aos meus pais, Maria Sylvia e João Dória, que lá de cima sempre guiam os meus caminhos.
Quero agradecer a Deus, sempre presente nas minhas orações, e esteio da crença de que equilíbrio e bom senso fazem um mundo mais justo.

Vou trabalhar cada minuto do meu dia pelos brasileiros de São Paulo.
Da minha parte, terei com cada deputado estadual, com cada parlamentar de São Paulo, respeito e diálogo.
Muito obrigado e até nosso próximo encontro aqui, ainda antes do carnaval.”

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JORGE RORIZ