- Bolsonaristas choram e se exaltam após terem acampamento destruído;
- A determinação para a retirada das barracas foi da prefeitura de Belo Horizonte;
- Medida foi tomada após um fotógrafo ser agredido pelos manifestantes na tarde de quinta-feira (5).
Bolsonaristas acampados em frente à sede da 4ª Região Militar, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte (MG), choraram e se exaltaram com a remoção das barracas nesta sexta-feira (6). A retirada aconteceu a mando da prefeitura.
No local, manifestantes xingaram e fizeram ameaças aos guardas municipais e alguns se ajoelharam no chão para rezar. O grupo ainda tentou impedir a passagem dos caminhões que carregavam os itens recolhidos e gritava “não vai embora, não!”.
Segundo o relato do portal Estado de Minas, o clima que ficou foi de decepção e revolta com as autoridades. O acampamento estava montado na Avenida Raja Gabaglia há mais de dois meses.
Revoltados, manifestantes agrediram jornalistas que faziam a cobertura da retirada do acampamento com chutes e socos. Alguns tentaram destruir os equipamentos de trabalho dos profissionais e a Guarda Municipal precisou intervir.
Uma hipótese: já lhes ocorreu que podemos estar diante de um momento mais do que histórico — talvez civilizacional? E se estivermos a testemunhar o surgimento de uma nova espécie, num movimento único chamado “SALTO INVOLUTIVO”? https://t.co/OLuEInFORk
— Reinaldo Azevedo (@reinaldoazevedo) January 6, 2023
A ordem para remover as barras foi dada depois que um fotógrafo do jornal Hoje em Dia foi agredido pelos bolsonaristas, na tarde desta quinta-feira (5). O profissional relata ter sido perseguido após fazer as fotos de longe e chegou a se esconder atrás de um carro. Mas foi arrastado pelo chão e agredido com socos e pauladas.
De acordo com o fotógrafo, a câmera foi levada pelos agressores e as lentes destruídas.
Acampamento em Brasília vazio
Após a posse do presidente Lula (PT), a atividade de acampamentos bolsonaristas em frente ao quartel do Exército em Brasília chegou a quase zero. Segundo reportagem do UOL, o espaço lotado de pessoas em cadeiras de praia deu lugar a um ambiente vazio e com manifestantes recolhendo suas coisas.
O silêncio também substituiu as marchas militares e o hino à bandeira, frequentemente tocados durante os protestos golpistas. Cultos, buzinaços e rodas de conversa cessaram e um único homem foi visto olhando ao redor.
Além desses sinais, outras atividades deixaram claro que os acampamentos estavam em seus dias finais, como: ônibus recolhendo pessoas, barraca restaurante sem fila, garis limpando o local do acampamento e estacionamento sem carros.