O colapso fiscal do governo Dilma

No  governo Dilma, até o Gabão ultrapassou o Brasil em renda per capita. (Fonte:FMI)

O governo Dilma levou o país ao ápice da desastrosa gestão das contas públicas com um verdadeiro colapso fiscal do governo federal. É o que mostra o bloqueio de R$ 11,1 bilhões no Orçamento, publicado nesta segunda-feira (30) no Diário Oficial da União. É o terceiro contingenciamento do ano e abrange praticamente todas as despesas não obrigatórias. Deputados do PSDB lamentaram que a situação tenha chegado a esse ponto e destacaram que o intuito do governo com o novo corte e com a revisão da meta, que ainda será votada pelo Congresso, é tentar se livrar do crime de responsabilidade fiscal.

O contingenciamento do orçamento de 2015 já chega a R$ 89,5 bilhões. Com o corte em despesas básicas, o Planalto espera obter apoio no Congresso para aprovar a alteração da meta fiscal na sessão marcada para esta terça-feira (1º).  Com a tesourada, os gastos federais em dezembro ficam congelados e não podem ultrapassar o valor estabelecido para novembro.

Para o líder da Oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), com a medida a presidente Dilma admite que o país está quebrado. “O rombo nas contas públicas soma hoje R$ 120 bilhões e o governo não sabe como honrar seus compromissos. É a consequência da escalada de má gestão, corrupção, mentiras e, principalmente, incompetência”, lamentou o tucano em nota divulgada no fim de semana. O tucano lembrou que, durante a campanha eleitoral, todos aqueles que previram o agravamento da crise foram duramente atacados.
DE SUPERÁVIT PARA ROMBO BILIONÁRIO

Na avaliação do líder, o governo quer jogar a crise no colo do Congresso em uma atitude inaceitável, na qual tenta se eximir da intransferível responsabilidade pelo descontrole das contas. “Em agosto de 2014 a previsão oficial era de um superávit de R$ 100 bilhões este ano. Hoje o rombo programado é de R$ 120 bilhões. Um erro superior a R$ 200 bilhões”, destacou.

O deputado Bruno Covas (SP) afirma que está evidenciada a falta de planejamento.  “Às vésperas de terminar o ano resolvem mudar a meta fiscal e contingenciar mais de R$ 10 bilhões, afetando a população, pois parte dos recursos é do Ministério das Cidades, ou seja, aquele dinheiro que chega mais perto da comunidade”, criticou. “Isso mostra que o governo não sabe como gerir o orçamento nem fazer a gestão dos seus recursos. Nunca antes vimos tantas pedaladas fiscais e tantos ‘jeitinhos’ para conseguir fechar o ano”, reprovou.

Para o deputado Max Filho (ES), o novo contingenciamento mostra que o país está prestes a descer ladeira abaixo. “O governo Dilma descontrolou o gasto público. É um governo perdulário e que se perdeu na gestão da coisa pública e agora aprisiona todo o Brasil numa agenda negativa, nos mergulhando numa recessão sem precedentes na história”, apontou.

De acordo com Antonio Imbassahy (BA), é como se o Palácio do Planalto tivesse decretado oficialmente a falência. “O governo está literalmente quebrado. Assim, todas as despesas discricionárias estão suspensas a partir da edição do decreto. Desespero”, disse o tucano pelas redes sociais.

Nesta segunda, também veio à tona a informação de que, por falta de dinheiro, as eleições municipais de 2016 serão realizadas manualmente. É a primeira vez que isso acontecerá desde 2000.

(Reportagem: Djan Moreno)

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JORGE RORIZ