O COMEÇO DO FIM

O Congresso prepara-se para cumprir exatamente o que a sociedade espera dele: fazer valer a vontade da maioria dos brasileiros e afastar Dilma da presidência do país

A comissão especial que analisa a admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff deverá aprovar hoje ( JÁ APROVOU) o relatório do deputado Jovair Arantes. Estará, assim, aberto caminho para o afastamento da presidente da República, para a mudança de rumos e para o reencontro do Brasil consigo mesmo.

É crescente a adesão ao impeachment, conforme todos os levantamentos publicados por órgãos de imprensa e/ou movimentos da sociedade que acompanham o processo. O Vem Pra Rua, por exemplo, contabiliza 116 novos votos pela saída de Dilma desde as manifestações de 13/3, num canal que praticamente drena os indecisos para o apoio ao afastamento. Já seriam hoje 286 pela saída da petista – ou 291, de acordo com o Estadão.

É salutar que o Congresso esteja cumprindo exatamente o que a sociedade espera dele: espelhar a vontade de seus representados, que continuam majoritariamente favoráveis ao impeachment. Segundo nova rodada de pesquisa do Datafolha publicada neste fim de semana, 60% querem a saída antecipada da petista do cargo.

Enquanto os partidários do impeachment têm a seu lado a convicção de que lutam por um Brasil melhor, mais ético e livre da corrupção, com capacidade para voltar a crescer, a gerar empregos e a promover a igualdade de oportunidades, o governo maneja sua principal arma, a única que lhe restou: a caneta.

Usa e abusa de dinheiro que deveria servir ao povo para tentar fazer prevalecer sua causa, comprando apoios, loteando cargos e retalhando o governo como se não houvesse amanhã. Estão em jogo orçamentos que somam R$ 38 bilhões e, na política miúda, votos mercadejados na casa dos milhões de reais. São estes os princípios pelos quais os defensores de Dilma combatem.

Os partidários do governo já se mostram convencidos de que a derrota na comissão especial é certa, e tentam apenas perder de pouco. Sua falta de convicção em torno da causa que defendem também se manifesta na debandada que o PT está sofrendo em número de prefeituras pelo país afora e também se prepara para sofrer no Congresso.

Do outro lado, sobram razões para o impeachment, como reiterou Arantes em seu relatório. Se não sobrassem, a cada semana surgem novas revelações que tornam ainda mais cristalino que Dilma obteve seu segundo mandato de maneira ilegítima, ilegal, imoral, bancada pelo dinheiro sujo da corrupção, como apontam as recentes delações feitas pelos dirigentes da empreiteira Andrade Gutierrez.

Nos poucos dias que faltam para a votação do processo pelo plenário da Câmara, é hora de pressionar ao máximo os deputados, e depois os senadores, para que façam valer o desejo da maioria dos brasileiros. O povo nas ruas já mostrou o que quer. Agora é a vez de a política responder à altura, promovendo o impeachment de Dilma Rousseff.


 Instituto Teotônio Vilela

 

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JORGE RORIZ