O Laudo da PF afirma que não conseguiu identificar a “rede de robôs”

O “Apenso 70” do inquérito das Fake News, criado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar supostos ataques e ameaças a ministros e seus familiares, contém um laudo pericial que atesta não ter sido possível identificar a existência da imaginada “rede de robôs” com mensagens financiadas nas redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes descobriu que os xingamentos vêm de contas que, na verdade, têm donos de carne e osso. Nada de robôs que tanto excitam fantasias. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

 

A prisão de Queiroz e a demissão de Abraham Weintraub do MEC afetaram os operadores do “gabinete do ódio” nas redes sociais. A PF DISSE “NÃO SER POSSÍVEL IDENTIFICAR”
ISSO NÃO SIGNIFICA QUE NÃO EXISTAM. A VAQUINHA, OS FOGOS DE ARTÍFICIOS, OS VÍDEOS, OS CARTAZES PEDINDO AI 5,

O SITE DA VAQUINHA, PEDINDO DINHEIRO PARA GRUPO PARAMILITAR, OFERECENDO INCLUSIVE ADVOGADOS EM CASO DE PRISOES, O LOCAL DE TREINAMENTO, É POSSÍVEL IDENTIFICAR?

SE OS PERFIS SÃO DESLIGADOS, APAGADOS, NÃO DÁ PARA A PF IDENTIFICAR POSTAGENS DOS ROBÕS, ISSO SIGNIFICA QUE ELES NÃO EXISTAM ?

Então porque a PF não identificou os robôs, significa necessariamente que os extremistas são inocentes?

Não. O Inquérito não se resume apenas aos robôs das redes sociais. EXISTEM AS AÇÕES FEITAS POR PESSOAS FÍSICAS,
OS VÍDEOS FEITOS POR PESSOAS FÍSICAS.

Mais de 26 mil postagens com a hashtag #GoBolsonaroMundial no Twitter foram feitas de forma automatizada nas últimas 24 horas. O levantamento é do perfil Bot Sentinel, especializada em rastrear operações de contas não autênticas, que muitas vezes fazem uso de robôs. Foram enviados 13 alertas sobre o compartilhamento.

No mesmo período, também foram identificadas 1.290 publicações de perfis falsos usando a hashtag#Bolsonaro2022 e outras 389 com #FechadocomBolsonaroaté2026.

A #GoBolsonaroMundial começou a ser compartilhada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro como uma resposta à campanha Stop Bolsonaro, traduzida para o português como Pare Bolsonaro.

O ato, realizado neste domingo em diversas cidades do Brasil e do exterior, tinha como objetivo divulgar internacionalmente a insatisfação dos manifestantes com as ações de Bolsonaro no enfrentamento à epidemia de Conoravírus no país.

 

 

JORGE RORIZ