“Nenhum país poderá sair da pandemia com doses de reforço”, afirmou , Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ele tem se manifestado reiteradamente contra a administração de doses adicionais de vacinas contra a covid-19 quando uma parte da população mundial, os mais pobres, especialmente na África, continua sem receber o imunizante.
Segundo o dirigente da OMS, que falou em entrevista coletiva virtual, os “programas indiscriminados de reforço” da vacinação “tendem a prolongar a pandemia em vez de acabá-la, desviando as doses disponíveis para países que já têm altas taxas de vacinação, dando assim ao vírus mais oportunidade de se espalhar e sofrer mutações”.
A tese de é de que a pandemia só vai acabar quando todos os países atingirem pelo menos 70% de vacinados. Os países com baixa vacinação se tornam fábrica de novas variante e dessa forma elas voltam a se espalhar para o mundo criando a necessidade de novas vacinas para combater variantes específicas.
Há uma semana, Tedros Adhanom disse que não havia “provas da eficácia das doses de reforço” contra a Ômicron, que se propaga rapidamente, em ritmo sem precedentes.As doses de reforço poderiam ser enviadas para países cujas populaçoes ainda não receberam nenhuma dose.
O médico etíope destacou que as doses convencionadas das vacinas contra a covid-19 (duas doses) “continuam eficazes” contra as variantes do SARS-CoV-2, incluindo a Ômicron, e que “a grande maioria das internações e mortes são de pessoas não vacinadas e não de pessoas que não têm doses de reforço”.