De acordo com as perguntas feitas pela Polícia Federal ao ex- presidente Lula, existem suspeitas da PF de que os pagamentos de R$ 2,5 milhões feitos a Luiz Claudio Lula da Silva (filho do ex-presidente), tenha relação não só com a edição de medidas provisórias, mas também com a compra dos caças suecos Gripen, da Saab, pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Perguntado se os repasses a Luís Cláudio Lula da Silva foram “alguma contraprestação por serviços prestados” pelo ex-presidente “à Saab para que essa viesse a vencer a concorrência para a compra dos caças”, Lula disse, conforme registrado na transcrição do depoimento, que “nega veementemente e considera essa hipótese um absurdo, já que nunca teve atuação relacionada a esse assunto”.

O delegado Marlon Cajado também quis saber se os valores pagos a Luís Cláudio seriam “em decorrência da elaboração de medidas provisórias por ele, enquanto presidente, ou para influenciar em ‘vetos’ ou ‘não vetos’ a emendas em medidas provisórias”. Lula afirmou que considera essa hipótese “outro absurdo, uma vez que as medidas provisórias seguiram todo o trâmite regular dentro do poder Executivo e foram aprovadas pelas duas casas do Congresso Nacional”.
Lula foi questionado sobre documentos apreendidos na Marcondes e Mautoni que faziam menção a tratativas com o ex-presidente e o Instituto Lula para favorecer a Saab. Um deles citava uma “solicitação da empresa sueca para que o ex-presidente levasse seu apoio à contratação da Saab para a presidente Dilma (Rousseff)”. O ex-presidente disse que “nunca recebeu ou levou esse assunto ao conhecimento da presidente”.
O maior honesto do mundo, sempre nega tudo. Lula frisou que “nunca discutiu com Dilma sobre a contratação de caças para a indústria brasileira”.
Informações do Estadão