Palocci diz que Lula sabia da corrupção na Petrobrás desde 2007

Na delação o ex- ministrp Palocci, afirmou: “Em fevereiro de 2007, logo após sua reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva convocou o colaborador, à época deputado federal, ao Palácio da Alvorada, em ambiente reservado no primeiro andar, para, bastante irritado, dizer que havia tido ciência de que os diretores da Petrobrás Renato Duque e Paulo Roberto Costa estavam envolvidos em diversos crimes no âmbito das suas diretorias”, relatou Palocci.

O Juiz Sérgio Moro justifica a liberação
DESPACHO/DECISÃO
1. A ação penal encontra-se em fase de alegações finais,
com prazo para o MPF.

2. A Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva apresentou a
petição do evento 1.825.

Pede que o prazo para alegações finais seja aberto para ela
apenas após a apresentação de alegações finais pela Defesa dos
acusados colaboradores. A pretensão não tem base legal. A Defesa do acusado colaborador não é Acusação.
Não cabe fazer distinção entre acusados colaboradores e acusados não-colaboradores, outorgando vantagem processual a uns em detrimento de outros. Por outro lado, os acusados colaboradores já prestaram depoimento em Juízo, revelando o que sabiam, não havendo chance da
Defesa ser surpreendida por alegações finais Pede que o tramite da ação penal seja suspensa para evitar durante as eleições, a fim de evitar a exploração política.

Ora, na ação penal 5021365-32.2017.404.7000 suspendi os interrogatórios para evitar qualquer confusão na exploração das audiências, inclusive e especialmente pelo acusado Luiz Inácio Lula da Silva que tem transformado as data de seus interrogatórios em eventos partidários, como se viu nesta e na ação penal 5046512- 94.2016.4.04.7000. Realizar o interrogatório dele durante o período eleitoral poderia gerar riscos ao ato e até mesmo à integridade de seus
apoiadores ou oponentes políticos. Não vislumbro os mesmos riscos na continuidade do curso
normal da presente ação penal, já que não haverá mais audiências, mas apenas a apresentação de peças escritas.

Ninguém está sendo processado ou julgado por opinições políticas. Há sérias acusações por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Se são ou não procedentes, é questão a ser avaliada na sentença. Terá a Defesa a oportunidade de apresentar todos os seus argumentos nas alegações finais, mas a farsa da invocação deperseguição política não tem lugar perante este Juízo.

JORGE RORIZ