BRASÍLIA — As Forças Armadas preparam um plano de fiscalização paralela para as eleições deste ano. Depois de enviar mais de 80 questionamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o processo eleitoral e alegar que não tem obtido respostas, o Ministério da Defesa montou uma equipe de oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica com a missão específica de elaborar o roteiro inédito de atuação dos militares.
O plano vai além das sugestões de segurança das urnas eletrônicas encaminhadas ao TSE e coincide com recomendações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que pressiona a Corte eleitoral politicamente, lançando suspeição, sem que haja provas, sobre a confiabilidade do sistema eletrônico de votação. Até agora, a participação dos militares no processo eleitoral se limitava à ajuda na logística para transporte de urnas.
NÃO É FUNÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS FISCALIZAR AS ELEIÇÕES . ISSO É ILEGAL, INSCONSTITUCIONAL
AS FORÇAS ARMADAS EM SUA MAIORIA TEM UM CANDIDATO
SOMENTE O TSE PODE AUTORIZAR A FISCALIZAÇÃO. EXÉRCITO NÃO PODE CRIAR METODOS DE SUPOSTAS FISCALIZAÇÕES SEM APROVAÇÃO DO TSE. CABE AOS PARTIDOS FAZER A FISCALIZAÇÃO.
NÃO EXISTE NENHUMA PROVA DE FRAUDE NO USO DAS URNAS ELETRÔNICAS
A DEMOCRACIA BRASILEIRA ESTÁ AMEAÇADA
As Forças Armadas afirmam que atuam “estritamente na legalidade”, com base em resolução do TSE que, em dezembro do ano passado, as legitimou como “entidades fiscalizadoras” nas eleições de 2022. Também constam na lista partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal, entre outros.
O TSE confirmou ter recebido o ofício da Defesa. Segundo o tribunal, o prazo para as “entidades fiscalizadoras” manifestarem interesse em trabalhar nas eleições de outubro terminou no dia 8 de julho
A ATRIBUIÇÃO DE ENTIDADES FISCALIZADORAS FOI APENAS PARA AS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS DURANTE O PERÍODO DE TESTES DAS URNAS. QUE OCORRE EM TODAS AS ELEIÇÕES, QUANDO AS URNAS SÃO ESPOSTAS PARA QUE ESPECIALISTAS OU INTERESSADOS POSSAM TENTAR INVADIR AS URNAS OU DETECTAR FALHAS, E NÃO DURANTE A APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES.
SE O EXÉRCITO COMPROVAR ALGUMA FRAUDE, DEVE APRESENTAR PROVAS. MAS O QUE PARECE É UMA TENTATIVA DE TUMULTUAR AS ELEIÇÕES, CASO BOLSONARO NÃO SEJA O ESCOLHIDO PELA MAIORIA DA POPULAÇÃO. NUNCA OCORREU ISSO EM ELEIÇÕES ANTERIORES.
As informações ( com excessão do texto em caixa alta) é do jornal O Estado de São Paulo.