Petrobras reage as críticas de Bolsonaro

O barril do petroleo aumentou disparou  no mercado internacional. A Petrobras diz que se ocorrer interferência de preço do governo,  isso ameaça o abastecimento. Em ano eleitoral, Bolsonaro faz populismo. Claro que todos nós desejamos preços menores para os combustíveis. A política de controle de preços praticadas pelo governo de Dilma Rousseff, quase coloca a Petrobras na falência.

 

 

No sábado (12), o presidente Jair Bolsonaro criticou a Petrobras. Ele afirmou, entre outras coisas, que a empresa não tem sensibilidade com a população e se disse insatisfeito com o reajuste de quase 25% no diesel e quase 19% na gasolina.

“É Petrobras Futebol Clube e o resto que se exploda”, afirmou o presidente da República.

A resposta da empresa foi dizer que o repasse dos preços internacionais não foi imediato, que a gasolina e o diesel ficaram 57 dias sem reajuste e, o gás de cozinha, mais de 150 dias.

“O último reajuste foi necessário para manter o fornecimento”, afirma a publicidade da empresa.

Citou ainda os empregos que gera e defendeu que praticar preços de mercado “asseguram o abastecimento do país”.

A peça publicitária ainda dá uma estocada em quem distorce informação: “Para a Petrobras, transparência é fundamental”.

O governo tem usado como pressão contra a alta dos preços dos combustíveis o fato de o conselho da Petrobras estar sendo renovado nas próximas semanas. Até mesmo a permanência do presidente, o general Silva e Luna, escolhido por Bolsonaro em 2021 para comandar a empresa que tem a União como majoritário, foi ameaçada.

Em “spots” publicados nas redes sociais neste final de semana, a petroleira afirma ser “uma das empresas que mais investem no Brasil”.

Defende o lucro bilionário em 2021 a partir dos investimentos que faz para produzir combustíveis e disse que mais da metade do caixa produzido retorna para a sociedade na forma de tributos, participações governamentais e dividendos pagos ao Estado.

 

NOTA DE PETROBRAS EM 11 DE MARÇO

Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, faremos ajustes nos preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras

Esse movimento vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda.

Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, decidimos não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.

Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário promover ajustes nos preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.

Adicionalmente, a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil.

A partir de amanhã, 11/03, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.

Para o GLP, o último ajuste de preços vigorou a partir de 09/10/2021, há 152 dias. A partir de amanhã, 11/03, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.

Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade.

Dessa forma, reiteramos nosso compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, publicamos em nosso site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor. Saiba mais aqui.

JORGE RORIZ